A valorização do metical face as principais moedas, particularmente o dólar norte-americano, está a concorrer para a redução no mercado do país dos preços de algumas matérias-primas para o ramo da construção.
Na província de Nampula considerado pulmão da região norte o cimento regista um recuo do preço situando-se no início do segundo trimestre, em média, em 300 meticais o saco de 50 quilogramas contra cerca de 400 meticais em Janeiro último quando o dólar estava mais alto.
O cimento importado, de fabrico paquistanês ou Indonésio, para fazer face a demanda do mercado resultante da incapacidade das duas fábricas localizadas na cidade de Nacala-Porto e que abastece a região norte incluindo a Zambézia no centro é aquele que tem registado a tendência constante de recuo do seu preço de aquisição. O cimento importado é tido como o de melhor qualidade quando comparado ao do fabrico local cuja embalagem de papel torna o produto fácil de manipular pelos vigaristas que recorrem a violação do saco para redução de algumas quantidades do produto que influencia no peso real facto que é reclamado pelos compradores que alegam prejuízo.
Quem está a tirar vantagens da redução do custo de cimento é a indústria de construção civil, pois, as obras financiadas sobretudo pelo Estado, incluindo particulares, ganharam um ímpeto impressionante que influencia o negócio de outros materiais de construção indispensáveis para a edificação de imponentes infra-estruturas. A redução do preço cimento impulsiona também os financiadores a prosseguir as obras que se encontravam paralisadas para o agrado dos técnicos do sector de construção entre outros que se encontravam no desemprego.
O director da indústria e comércio em Nampula Elídio Marques disse ser um facto real que a valorização do metical sobretudo em relação ao dólar norteamericano está a influenciar no recuo do custo de algumas matérias-primas no caso vertente de construção civil incluindo o cimento, porque nada mudou em termos do número de fábricas e o volume de produção que pudesse influenciar no abrandamento do custo do cimento. Explicou que a subida constante do custo do cimento em parte era influenciada pelo açambarcamento por alguns agentes económicos sediados em Nacala- Porto cidade onde se localizam as duas fábricas para depois comercializar o produto ao preço que os conviesse mas intercedemos junto a fábrica no sentido de acabar com a prática do monopólio do cimento e julgo a medida que terá concorrido para aumentar as opções aos compradores em relação ao número de estabelecimentos que comercializam o cimento – concluiu Elidio Marques.