O Presidente Armando Guebuza considera que até aqui os projectos implantados com o Fundo de Desenvolvimento Distrital (FDD), vulgo “Sete Milhões de Meticais”, ainda não satisfazem as expectativas e que só ficará feliz quando o campo estiver totalmente desenvolvido.
“Os projectos não satisfazem as expectativas pelos quais este fundo foi instituído e só ficarei satisfeito quando o campo estiver totalmente desenvolvido”, afirmou o chefe do Estado moçambicano, em conferencia de imprensa dada Quintafeira última na vila sede de Marromeu, no final da sua visita de quatro dias a província de Sofala, Centro do país.
Contudo, o Presidente disse acreditar que este fundo continuará a desempenhar o papel de impulsionador do desenvolvimento rural, uma acção que, segundo admitiu, levará o seu tempo.
Quanto aos pedidos de tractores feitos pelos camponeses, em praticamente todos os locais por onde dialogou com a população, Guebuza explicou que o desenvolvimento realiza-se através da mudança de atitude das pessoas e não necessariamente através de ‘inputs’ materiais. Segundo o Presidente, os ‘inputs’ materiais só funcionam quando há uma atitude produtiva no seio das pessoas.
“Se distribuímos tractores, administrativamente, dentro de alguns anos teremos problemas que não serão dos camponeses, mas sim administrativos”, frisou Guebuza.
Ele ressalvou que com base no fundo dos sete milhões, os camponeses podem propor aos Conselhos Consultivos a aquisição de tractores, charruas entre outros equipamentos para a agricultura. Assim, os problemas que surgirão, quer de gestão quer da própria produtividade, serão dos próprios camponeses. Fora disso, segundo o Presidente, se um determinado meio adquirido por alguém, neste caso o camponês, merecerá maior valor, pois essa mesma pessoa passa a assumir melhor a importância do bem que ele próprio adquiriu.