A Cruz Vermelha de Moçambique (CVM) manifestou preocupação com as “convulsões sociais” no Norte de África, mas mostrou-se confiante no resgate e assistência caso a situação se registe no país.
Segundo Respeito Chirinza, director de programas da CVM, a situação dos conflitos sociais em África “assusta, sobretudo, com a questão humanitária”, garantindo que a organização tem vindo a monitorar a evolução da crise.
“Estamos preocupados com a paz, solidariedade e entendimento entre os homens para termos uma sociedade sã em África, no geral, mas, particularmente, no país”, disse esta quinta-feira o também portavoz da reunião nacional sobre planificação da CVM que decorre no Chimoio, Centro de Moçambique.
Na reunião, que teve como objectivo dinamizar a gestão de programas humanitários no país, participaram membros da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e Crescente Vermelho da África Austral.
Respeito Chirinza avançou que a Cruz Vermelha de Moçambique, em parceria com a Federação Internacional e o Crescente Vermelho, tem vindo a treinar os activistas e a organizar equipamento para “acudir ao agravamento do sofrimento” humano.
“Temos o papel de auxiliar o poder público em questões humanitárias, mas estamos a treinar os nossos activistas para melhorar a gestão dos projectos humanitários, para uma melhor resposta das actividades da organização”, disse Respeito Chirinza.
A CVM, maior organização humanitária em Moçambique, promove programas de saúde (malária, cólera, HIV/SIDA), além de prestar assistência aos refugiados provenientes do corno de África e da região dos grandes lagos, em centros de trânsito e ou acomodação.