A Morgue do Centro de Saúde de Monapo vai, dentro em breve, ser equipada com câmaras de frios, destinados a conservação dos corpos de doentes que perdem a vida naquela unidade hospitalar.
João Luís, presidente do Conselho Municipal da Vila de Monapo, disse que as câmaras de frios, serão importadas de Mértola, em Portugal, no âmbito dos acordos de gemilagem.
Janete António, directora distrital de saúde, explicou que a futura instalação de câmaras de frios na morgue do centro de saúde local, ira colocar ponto final ao crítico problema de transladação ou enterro imediato dos cadáveres dos pacientes que perdem a vida.
Sendo unidade de referência, recebemos, para além dos doentes do nosso distrito, outros transferidos da Ilha de Moçambique, Mogincual e Mossuril, que, em caso de morte, somos obrigados a transladar imediatamente os respectivos corpos para os locais de origem , esclareceu aquela responsável.
Com efeito, a putrefacção de um cadáver que não dispõe de condições de conservação é mais acelerada, ao contrário dos conservados ou os enterrados, cuja decomposição é retardada em cerca de oito vezes, com relação aos primeiros. De referir que a putrefacção se desenvolve em quatro fases ou períodos distintos e consecutivos.
Enquanto a fase cromática (período de coloração ou surgimento de manchas) começa, geralmente, dezoito horas após o óbito, a fase enfisematosa (período deformativo) inicia-se durante a primeira semana e estende-se, aproximadamente, por 30 dias, a coliquativa (período de redução dos tecidos), principia no fim do primeiro mês e pode prolongar-se por meses e até 2 ou 3 anos e, finalmente, a de esqueletização.