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Caixão de João Paulo II é retirado do túmulo para beatificação

O caixão com os restos mortais de João Paulo II foi retirado esta sexta-feira do túmulo que ocupava na cripta da Basílica de São Pedro e colocado sobre um palanque coberto com uma tela branca diante da monumental tumba de São Pedro. O ataúde permanecerá no local até sábado, quando será levado ao Altar da Confissão da Basílica de São Pedro, para que os fiéis possam venerá-lo uma vez beatificado pelo papa Bento XVI.

O caixão, informaram à Agência Efe fontes do Vaticano, foi retirado poucos minutos depois das 9h da hora local (10h em Maputo). A cripta da Basílica de São Pedro permanecerá fechada ao público a partir desta sexta-feira até o começo da tarde do dia 1º de maio. O caixão com o corpo de João Paulo II, que morreu no dia 2 de abril de 2005 aos quase 85 anos (que os completaria em 20 de maio) não será aberto, nem o cadáver exumado, devido ao curto espaço de tempo desde seu falecimento.

Uma vez que Bento XVI o tenha proclamado beato, em cerimônia que começará às 9h (10h em Maputo) do dia 1º de maio, o papa e os cardeais com os quais concelebrará a missa irão em procissão desde a Praça de São Pedro até o interior da basílica, onde se prostrarão diante do caixão e rezarão. Depois, todos os fiéis que desejarem poderão se aproximar até o caixão para prestar homenagem ao papa que comandou a Igreja durante quase 27 anos (1978-2005) e a introduziu no terceiro milênio.

A Basílica de São Pedro ficará aberta enquanto durar o fluxo de fiéis para permitir que as centenas de milhares que são esperadas possam rezar perante o primeiro pontífice polonês da história. Uma vez concluída as celebrações, o caixão será levado à capela de São Sebastião do templo vaticano, para permitir uma maior afluência de fiéis no futuro. Esta capela, situada entre a que acolhe a “Piedad”, de Miguel Ángel, e a Capela do Santíssimo, foi restaurada, com nova iluminação e som, e guarda atualmente os restos do papa Inocêncio XI (1611-1689).

Os restos de João Paulo II repousam desde o dia 8 de abril de 2005, data do funeral, na cripta da Basílica de São Pedro, na qual foi túmulo do beato papa João XXIII e a poucos metros do túmulo de São Pedro. Até agora, uma lápide simples de mármore branco jaspeado cobria o túmulo do papa polonês, que se transformou em lugar de peregrinação de fiéis de todo o mundo.

Segundo dados do Vaticano, uma média de 20 mil pessoas a visitavam diariamente. “Ioannes Pavlvs PP II. 16.X.1978-2.IV.2005” são as únicas letras e números gravadas na laje de mármore, proveniente da famosa montanha de mármore de Carrara, no noroeste italiano. A laje mede 2,20 metros de comprimento por 1,20 metro de largura e está colocada de modo que os fiéis possam vê-la e ler o escrito com facilidade.

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