Milhares de pessoas exigiram a demissão do Presidente sírio Bashar al-Assad, durante os funerais de oito manifestantes vítimas da violência das forças policiais que, na véspera, investiram contra os participantes num protesto pró-democracia na cidade de Homs. “Abaixo o regime, viva a revolução”, gritou a multidão, num dos mais sérios desafios à autoridade de Assad.
A tensão voltou a Homs e outras localidades do centro do país, com milhares de pessoas a integrarem as cerimónias fúnebres. Em declarações à Reuters, um activista disse que Homs se encontrava perto do “ponto de ebulição” e que as autoridades estavam a disparar indiscriminadamente e a “matar manifestantes a sangue frio”.
De acordo com organizações de direitos humanos, 25 pessoas foram mortas durante as manifestações de domingo, quando a Síria comemorava o seu Dia da Independência – um número até agora impossível de verificar independentemente.
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O Presidente apareceu no fim-de-semana a prometer o levantamento do estado de emergência, em vigor desde 1963, “no prazo de uma semana”, bem como uma série de outras reformas. Mas as concessões de Bashar al-Assad não acalmaram a fúria dos manifestantes, que desde 15 de Março têm organizado protestos sucessivos por todo o país.