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Custa caro graduar na UEM

A cerimónia de graduação na Universidade Eduardo Mondlane (UEM) passará a custar quatro vezes mais caro. Se no passado os estudantes daquela instituição de ensino superior público despendiam 1000 meticais, agora terão de gastar 5.500 meticais.

Em reacção à situação da subida da taxa a pagar pelos estudantes finalistas que pretende participar de uma cerimónia de graduação – um momento impar e indispensável para todos os recém-formados -, numa pequena nota, Neldo Ananias Langa escreve, num tom sarcástico: “Depois dos EUA, França e Inglaterra bombardearem a Líbia, chegou a vez da Universidade Eduardo Mondlane bombardear os pobres. A UEM está a cobrar 5.500 meticais para participação na cerimónia de graduação”.

 

 

Neldo Langa levanta algumas questões: “ (…) Isso é um abuso. Onde é que as pessoas irão obter esse valor? E os estudantes bolseiros que recebem 1.350 meticais como irão pagar? O que é que a ‘maldita’ Associação dos Estudantes Universitários fez para evitar essa palhaçada do padre [o reitor] e os seus comparsas?”

Engrossado o coro de desapontamento, um grupo de comentadores deixou ficar a sua opinião em relação à exorbitante taxa. Alguns já vaticinam que as próximas graduações serão um fracasso, chegando a afirmar que se trata de “uma exclusão social”, uma vez que grande parte dos estudantes não dispõe de condições financeiras para suportar o custo da cerimónia de graduação, além de outros itens necessários para o efeito. “Isso é uma forma de exclusão social. (…) Com as medidas de contenção no país, muita gente vai optar por não participar na graduação, e será uma vergonha”, comenta Cremildo Yotamo.

Outro comentador de nome Kamal Badrú diz: “ (…) podes ter a certeza que irá ser um fracasso, devido à ausência”. O autor da nota, Neldo Langa, afirma que: “Por mim ninguém deveria participar nessa cerimónia (…) afinal, onde estamos? Ou é uma universidade pública, ou é privada (…) estão a implementar valores absurdos para graduação. Não sei quanto é que as privadas têm cobrado para essas cerimónias, mas não dá para compara-las. Indirectamente, estão querendo dizer que a educação é só para quem tem dinheiro”.

E outros comentadores apontam o dedo a Associação dos Estudantes Universitários, acusando-a de letargia, além de não se preocupar com os problemas de estudantes da mais antiga instituição de ensino superior do país. “AEU? Esquece isso companheiro, nunca funcionou essa brincadeira, e é, por isso, que fizemos aquela greve, que duvido que esses tipos de agora consigam fazer. As instituições reclamam dos custos por isso aumentam os preços, quando o pobre reclama aumento salarial, reclama”, diz Genneth Zalas.

“É isso que chamam de universidade pública! Com essa taxa só pode ser privada. A AEU não funciona, se eu fosse o presidente da associação, marcava uma reunião com todos estudantes (…)”, comenta Pires Langa.

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