O presidente moçambicano, Armando Guebuza , reuniu-se, segunda-feira, em Maputo, com o primeiro ministro zimbabweano, Morgan Tsvangirai, um encontro que tinha como objectivo dissipar o actual clima de tensão que afecta aquele país vizinho.
Falando no término do encontro, Tsvangirai disse ter-se deslocado a Maputo para discutir com o presidente moçambicano os últimos desenvolvimentos no Zimbabwe.
“Durante os últimos dois anos temos um governo inclusivo, mas existem alguns problemas em termos de coesão. Por isso, esperamos que o ‘regão’ de Politica de Defesa e Segurança da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral), no qual o presidente Guebuza é um dos participantes, tenha pleno conhecimento destes problemas”.
Prosseguindo, Tsvangirai disse acreditar que os focos de tensão e falta de coesão no actual Governo Inclusivo possam ser ultrapassados.
Questionado sobre as matérias discutidas durante a sua audiência com o presidente moçambicano, Tsvangirai escusou-se a responder, limitando- se a afirmar que “esse informe é confidencial”.
Sobre as eleições, Tsvangirai também escusou-se a revelar mais pormenores, afirmando apenas que existe um plano que está a ser desenvolvido em coordenação com a região da SADC, no qual o presidente sul africano, Jacob Zuma, desempenha as funções de facilitador.
“Essa é a razão pela qual o “rgão da Troika se vai reunir para considerar o plano para as eleições”, disse Tsvangirai.
Na ocasião, os jornalistas quiseram saber se ele estaria satisfeito com a implementação do Acordo Politico Global (sigla em inglês, GPA) rubricado em Setembro de 2008, ao abrigo do qual foi formado o Governo Inclusivo.
“Não se trata de estar satisfeito. Todas as pessoas que integram o governo inclusivo devem cumprir as suas obrigações”. Tsvangirai disse acreditar que o presidente zimbabweano, Robert Mugabe, continua interessado na implementação do referido acordo, caso contrário o estadista zimbabweano não seria uma das partes do GPA.