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Urge verificar existência de possíveis bolsas de fome nos locais de reassentamento

A Presidente do parlamento moçambicano (AR), Verónica Macamo, recomenda as autoridades governamentais das províncias de Sofala e Zambézia, centro do país, para verificarem a existência de possíveis bolsas de fome no seio das populações residentes nos locais de reassentamento depois das cheias que afectaram a região.

Esta recomendação visa evitar o sofrimento das pessoas que, eventualmente, poderão necessitar de apoio imediato. “É importante verificar nos reassentados se há ou não bolsas de fome para se poder socorrer as pessoas enquanto cedo”, sublinhou Macamo, falando, Sexta-feira, na cidade de Quelimane, na Zambézia, em conferência de imprensa, que marcou o fim da visita que efectuou as duas províncias, onde se inteirou da situação real das populações afectadas pelas inundações.

Macamo, que descarta a possibilidade de o governo, num futuro breve, lançar um apelo internacional para apoiar as vitimas das cheias, explicou que a “imagem alarmante” que ela tinha antes de visitar as zonas assoladas dissipou-se depois de constatar que a situação ainda está sob controlo.

A Presidente da AR disse acreditar que alguns problemas de pequena monta e que afectam as populações poderão ser ultrapassados com a intensificação da solidariedade entre os moçambicanos.

Acatar com as medidas de saneamento do meio para evitar doenças como a cólera, continuar a disseminar mensagens apelando “a população a construir casas em zonas seguras, a combinação entre o cultivo em zonas altas e baixas, são outras das recomendações deixadas por Verónica Macamo.

Ela manifestou a sua satisfação pela forma como foi montado o sistema de comunicação usado para difundir as mensagens das medidas a tomar em caso de inundações, bem como da proximidade do perigo de cheias, afirmando que estas e outras medidas estão a contribuir, consideravelmente, para a redução de danos humanos e materiais.

Cite-se como exemplo o distrito de Caia, em Sofala, onde graças ao avançado sistema de comunicação e alerta contra o perigo das cheias não há registo de vítimas das inundações, não obstante a água do rio Zambeze ter subido ao ponto de alagar machambas e causar um corte na via rodoviária entre Caia e a zona de Sena.

Em Caia, as pessoas que praticam agricultura nas zonas baixas e nas ilhas deslocaram-se para as zonas seguras como resposta aos apelos das autoridades locais.

Durante os quatro dias de visita de trabalho a Sofala e Zambézia, Macamo escalou Quelimane e os distritos de Mopeia e Caia, tendo visitado locais inundados, centros de reassentamento, bem como machambas que escaparam a fúria das aguas e que constituem um sinal de que mesmo com esta adversidade, a população continua determinada a produzir.

Por seu turno, o Governador de Sofala, Carvalho Muária, disse que os níveis de precipitação ate aqui registados nesta província são bons para a agricultura e que “se esta situação prevalecer, e não obstante algumas culturas terem sido inundadas, a produção poderá ser recorde”.

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