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Txopela – Rápido, barato e amigo do ambiente

Txopela - Rápido

Chama-se Txopela e cumpre três funções: dá emprego a jovens – com impacto directo nas famílias – é barato e amigo do ambiente. É, sem dúvida, a solução mais barata e cómoda para quem não pode pagar um táxi convencional e se recusa a viajar no caótico chapa.

 

O tom plúmbeo do céu da manhã da quinta-feira, 24 de Outubro, fundiu-se na perfeição com amarelo dos quarenta motociclos de marca Bajaj made in India. De acordo com Erik Charas, responsável pelo projecto Txopela, o primeiro grande objectivo da empreitada foi proporcionar emprego a quarenta jovens. Isso mesmo confirmou Adriano Paciência, condutor de um dos motociclos que, ao nos dar uma boleia de cinco quilómetros, tornou-nos num dos primeiros “txopeladores”.

 

“Não via a hora de isto começar”, refere satisfeito. Efectivamente, Paciência estava desempregado há mais de cinco anos quando se tornou mão-de-obra excedentária na empresa onde trabalhava. Charas vai mais longe: “Se hoje está a dar emprego a estes jovens, o amanhã reserva grandes surpresas. Além de se projectar a sua extensão a todo o país e estabelecer parcerias com outras empresas, o Txopela tenciona, findo o período experimental de um mês, transformar o emprego em empreendedorismo.” Como será feito isso? “Muito simples”, refere Charas: “Os veículos serão deles.” Não obstante ser um esquema ainda por discutir e negociar, os mentores já cogitam que terá um final: “De empregados, os jovens transformar-se-ão em patrões.” Txopela, em changana literalmente traduzido, quer dizer pendurar-se à boleia, um acto que acarreta sempre grandes riscos

Para combater essa calamidade, Frederico Silva, responsável pelo Marketing da nova marca, garante: “Surgimos não só para aliviar a maratona de sofrimento dos passageiros castigados pelas constantes retenções no perímetro interno do Grande Maputo, mas também como uma alternativa por um lado a quem não pode pagar o táxi tradicional e por outro a quem se recusa a viajar nos caóticos chapas.” O Txopela responde positivamente ainda a dois problemas contemporâneos: a poluição atmosférica e a alta do preço do petróleo.

Segundo Charas, foi a pensar nisso que foi criado um veículo que polui 86 gramas de monóxido de carbono/ quilómetro, contra 196 gramas do mesmo gás emitido durante a mesma distância por um automóvel convencional. “Com uma velocidade máxima de 80 quilómetros/ hora, o Txopela consume apenas 1 litro em cada 25 quilómetros.

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