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Direcção da Escola Industrial foi sacrificada

Aos olhos dos que não entendem como vão as coisas no íntimo, podem até pensar que tudo havia terminado. Mas nada, o caso que envolve o Secretário da Organização da Juventude Moçambicana (OJM), nesta parcela do país, Momade Juízo, segundo o qual ele recebia salários na escola Industrial e Comercial 1º de Maio em Quelimane, ainda é motivo de análise em muitos fóruns, mas desta vez restrito.

Como se sabe, o Secretário da OJM, Momade Arnaldo Juízo é tido como um delapidador do erário público durante um ano que esteve ligado a Escola Industrial e Comercial 1º de Maio nesta cidade.

Sobre Momade, as coisas não estão fáceis. Na semana passada, publicamos na integra o despacho do Governador da Zambézia, Francisco Itai Meque, que remetia o caso a Procuradoria-geral da República de Moçambique para efeitos de investigação, onde Itai pedia celeridade no esclarecimento deste processo.

E não só, para Momade Juízo, era uma vez o contrato como docente na escola industrial, pelomenos para este ano lectivo. No meio disto tudo, a direcção da escola é acusada de estar envolvida nestas gafes supostamente cometidas pelo Secretário da OJM.

Porque conforme se diz, a direcção da escola sabia que Momade não dava aulas, dai que não se explica como é que nos livros de turma, ele é tido como professor presente. Isto, mais alguma coisa, fizeram com que a direcção provincial de Educação e Cultura da Zambézia tomasse a medida de mandar cessar a direcção daquela escola.

Um antigo director volta a pódio

José Martinho Cugelo, uma figura conhecida na praça e que já foi director daquela escola há três anos atrás foi chamado a assumir o lugar de director da escola Industrial e Comercial 1º de Maio.

Uma fonte próxima daquela escola disse nos que Cugelo volta para amainar os ânimos. Alias, sabese que este novo director conforme sabemos desta nossa fonte é membro do partido no poder.

A antiga direcção é tida como incompetente por ter tirado o assunto do Secretário da OJM para fora. E isso, certamente não agradou a chefia partidária.

Momade Juízo tinha ficha suja

Na última semana, conversamos com o director cessante da escola Industrial e Comercial 1º de Maio em Quelimane. Conforme explicou Eugénio Candiero, Momade Juízo já tinha ficha suja naquela escola. A fonte disse que há dois anos, Momade Juízo, abandonou alunos sem deixar rastos.

Esta situação de acordo com aquele entrevistado teria sido comunicada a direcção da Educação da cidade de Quelimane. Só que de acordo com Candiero, ao invés da direcção da Educação vir perguntar o que teria passado, o que fez foi mandar assinar contrato de docência e dai mandar-lhe a escola Industrial para ser docente.

“Foi uma situação que ninguém soube explicar, porque aquele senhor Momade tinha ficha suja nesta escola” – disse o nosso entrevistado.

Quando questionamos como é que isso acontece, a fonte disse que tudo foi orquestrado pela direcção da Educação da cidade, mas que se houver alguém sério para investigar, poderá concluir que há um gato com rabo escondido neste processo.

Mas mesmo assim, Eugénio não resistiu, foi mesmo sacrificado em nome de Momade Juízo, Secretário da OJM, este que é acusado até agora como delapidador de erário público.

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