O Vice-Ministro das Obras Públicas e Habitação, Francisco Pereira, afirma que as recém concluídas obras de reabilitação da Ponte Samora Machel, província central de Tete, em Moçambique, reaberta ao tráfego rodoviário desde o último domingo conferem àquela importante infra-estrutura económica um tempo de vida estimado em 30 anos.
A reabertura da majestosa ponte ao fluxo normal de veículos de todas as categorias marca o fim de um período tortuoso de restrições, em que a travessia era feita de forma condicionada, isto é, 30 minutos para cada um dos sentidos, à entrada e saída da cidade de Tete.
A boa notícia foi formalmente anunciada, terça-feira, em Maputo, pelo vice-ministro em conferência de imprensa convocada para o efeito.
Segundo Pereira, o termo das obras iniciadas em Março de 2009 e que absorveram pouco mais de 700 milhões de meticais (o dólar equivalente a cerca de 32 meticais) vai restituir a “saúde e fisionomia” daquela urbe, dado que os camiões de carga com destino ao Malawi, Zâmbia e Zimbabwe formavam filas muito longas que perturbavam a habitual tranquilidade.
“O elevado fluxo de camiões constituía um autêntico sufoco a cidade de Tete, caracterizado por longas filas de camiões que esperavam a vez para atravessar a ponte”, explicou o governante.
No entanto, porque não se podia interromper o tráfego rodoviário, dada a importância da ponte para as economias da região, as obras de reabilitação, que consistiram na substituição dos cabos pendurais e os de rigidez bem como várias outras intervenções, tiveram de ser feitas condicionadamente.
As intervenções na ponte, com cerca de um quilómetro de comprimento, compreendiam além da parte dos cabos mas também o asfalto ao piso, pintura das partes metálicas, a colocação de luzes de iluminação e as luzes decorativas e, finalmente, a respectiva pintura para dar outra estética e mais vida a gigantesca infra-estrutura, por mais 30 a 40 anos.
“O trabalho foi feito conforme o previsto e a partir de 30 de Janeiro a ponte foi reaberta ao tráfego que é feito agora sem restrições”, disse Pereira, acrescentando que não há limite no volume de carga a manusear sobre a ponte, tanto é que ela está em condições de suportar camiões transportando até 48 toneladas de carga.
Segundo o vice-ministro das obras públicas, a ponte Samora Machel escoa diariamente uma média de 800 camiões de carga diversa com uma tendência crescente, mas que será aliviado substancialmente após a conclusão das obras de construção da nova ponte sobre o rio Zambeze nos próximos três a quatro anos.
Aliás, desde a reabertura da ponte no último domingo as longas filas de camiões nos dois sentidos da ponte pura simplesmente deixaram de existir, para o gáudio dos residentes que estavam expostos a vários perigos, com destaque para o HIV/SIDA pelo facto de a cidade ter-se tornado local de escala das longas viagens dos camionistas.