O Instituto Nacional de Apoio aos Refugiados (INAR), propõe o encerramento do Centro de Acolhimento de Maratane, arredores da capital provincial de Nampula, para acabar com os sistemáticos casos de entrada e saida descontrolada de estrangeiros ilegais em Moçambique. Outra proposta do INAR tem a ver com a revisão da Política de Migração, não só ao nível da Região da SADC, como também na União Africana e o impedimento de entrada de somalis e etíopes ao país.
Segundo fontes daquela instituição, nos ultimos dias verifica-se um movimento massivo de estrangeiros, com destaque para cidadãos de nacionalidade somali e etíope, sob pretexto de refugiados. O Vice Ministro do Interior, José Sandra, que esta segunda-feira se reuniu com os responsáveis do INAR e do Centro de Acolhimento de Maratane, referiu tratar-se de uma proposta que necessita de um estudo aprofundado, tendo em conta que Moçambique ratificou a Convenção das Nações Unidas, para o acolhimento de povos em conflito político nos respectivos países de origem.
Mandra reconheceu contudo, ser uma grande preocupação do governo moçambicano a entrada massiva de estrangeiros ilegais ao país. Defende a tomada de medidas urgentes de prevenção por parte do governo moçambicano, através do reforço da capacidade de fiscalizaçao das fronteiras. Dados em nosso poder indicam que o movimento de estrangeiros em situaçao de ilegal continua a preocupar as autoridades governamentais moçambicanas, apontando-se como principal ponto de entrada a provincia nortenha de Cabo-Delgado.
A titulo de exemplo, de 1 a 16 de Janeiro corrente, deram entrada em Nampula, mais de dois mil estrangeiros, com maior incidência para os cidadãos dos países dos Grandes Lagos.
Em 2010, a província de Nampula acolheu mais de 11.500 cidadaos estrangeiros de diversas nacionalidades, dos quais 3.851 residentes normais e 7731 requerentes de asilo grande parte dos quais já abandoram o centro, encontrando-se em parte incerta.