O Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM) acaba de requalificar a Academia de Aviação de Moçambique (AAM), uma escola privada virada à formação de pilotos particulares e comerciais de aeroplanos, com sede na cidade de Nampula.
Segundo o comandante Momade Wahab, director da escola, a requalificação da instituição ocorre dois anos depois de esta iniciar as suas actividades e tal resulta do reconhecimento do IACM de que a mesma responde aos padrões internacionalmente definidos.
Wahab acrescentou que a escola foi certificada, ainda, pela Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO), que a torna a ser de âmbito internacional, razão pela qual tenha, entre os seus actuais instruendos, um proveniente dos Emirados Árabes Unidos.
Temos todas as condições para formarmos pilotos moçambicanos e estrangeiros nesta escola, acrescentou o director da AAM, lamentando o facto de algumas empresas de aviação moçambicanas preterirem a sua escola enviando seus formandos para fora do País.
Para Momade Wahab, as empresas que querem formar os seus próprios pilotos deviam, primeiro, olhar para as condições de que dispõem as escolas internas a isso vocacionadas, de forma a darem oportunidades às instituições locais.
A fonte precisou haver alguma sensibilidade por parte dos novos responsáveis do Instituto de Aviação Civil de Moçambique, tanto no que diz respeito ao processo de tramitação de documentação diversa, como nas oportunidades de formação interna do pessoal piloto.
Contudo, ressalvou Momade Wahab, que isso não significa que o anterior elenco do IACM fosse insensível quanto a estas matérias. O que importa é que as mudanças introduzidas no seu funcionamento alteraram a anterior situação de anarquia para o melhor.
Solicitado a revelar o valor que investiu para a constituição da escola, Wahab respondeu: não gosto de falar em quantias, mas o que peço é que as pessoas olhem para os esforços que o investidor faz, os valores que este gasta não interessam, mas os meios que ele disponibiliza para o uso das pessoas.
Para além dos recursos humanos eficientemente preparados de que a escola dispõe, esta tem uma aeronave de marca CESSNA, modelo 172N, de quatro lugares e ideal para instrução aérea, sendo a mais utilizada a nível mundial em instituições similares.
Caso as condições o permitirem, nomeadamente, o aumento do número de formandos, a AAM poderá adquirir mais uma aeronave para instrução.
A escola ministra dois cursos diferentes em pilotagem, especificamente o do Piloto Privado de Aeroplanos (PPA) e o do Piloto Comercial de Aeroplanos (PCA).
O primeiro custa cerca de US 13 mil dólares e o segundo USD 49.500. Nestes pacotes, estão inclusas a taxa de inscrição, o seguro do aluno, aulas teóricas, voos treinos, junta médica aeronáutica, entre outros itens exigidos.