Conquista mercados europeus
O açúcar nacional está a ganhar terreno nos mercados europeus, nomeadamente em Inglaterra, França e Portugal. Espera-se que este ano as exportações atinjam cerca de 130 mil toneladas, contra cerca de 100 mil toneladas enviadas o ano passado para aqueles países.
Para este ano prevê-se que as quatro açucareiras do país, designadamente Maragra e Xinavane, ambas na província de Maputo, Mafambisse e Marromeu, na província de Sofala, produzam um total de 295 mil toneladas de açúcar. Desta quantidade, cerca de 130 mil toneladas serão exportadas para mercados europeus acima mencionados, podendo arrecadar daí cerca de 46 milhões de dólares norte-americanos. Sendo que o renanescente, cerca de 165 mil toneladas, vão servir para abastecer o mercado doméstico. A nível interno, o consumo do açúcar nacional tende igualmente a aumentar no País. Este ano espera-se que o consumo interno do açúcar seja de 165 mil toneladas, das 295 toneladas que se preveêm produzir, face aos 140 mil toneladas consumidas em 2006.
No ano passado, 2007, o consumo interno do açúcar aumentou para 153 mil toneladas, e para este ano espera-se que o consumo atinja 165 mil toneladas. Estes dados mostram que o açúcar nacional está a ganhar terreno, tanto no mercado doméstico como no internacional, principalmente europeu. Apesar desta situação encorajadora, atendendo àquilo que é a densidade populacional em Moçambique, o consumo do açúcar nacional pelos moçambicanos é ainda considerado pouco e acredita-se que possa vir a aumentar a rítmos satisfatórios, tendo em conta que este produto está a atingir níveis de qualidade exigidos no mercado intenacional. Os produtores moçambicanos de açúcar esperam que a produção aumente de ano para ano, prevendo-se que atinja, a partir do ano 2012, 500 mil toneladas por ano. Este aumento visa responder ao desafi o advindo da liberalização do mercado europeu a partir do próximo ano. Com efeito, as açucareiras já iniciaram a expansão das suas infra-estruturas por forma a acomodarem o aumento da capacidade de produção. Recorde-se que até a década de 70 Moçambique era um dos quatro maiores produtores de açúcar do continente Africano. Porém, a guerra civil que durou 16 anos, levou à paralisação destas companhias durante muito tempo. Tanto assim que durante este período, e até há poucos anos, o país dependia do açúcar importado da vizinha África do Sul e da Swazilândia. Para reverter esta situação e recuperar o lugar de outrora, o Governo de Moçambique, juntamente com outros parceiros privados, investiu mais de 300 milhões de dólares norte-americanos para pôr em funcionamento as quatro unidades fabris que o país possui. A APAMO faz parte da Sociedade Terminal de Açúcar de Maputo (STAM) juntamente com outras três associações de produtores de açúcar da região Austral de África, nomeadamente a South African Sugar Association (SASA), Swaziland Sugar Association (SSA) e Zimbabwe Sugar Sales (ZSS). As quatro associações exportam através do Porto de Maputo perto de 500 mil toneladas por ano. O sector açucareiro, segundo apurámos, emprega actualmente pouco mais de 20 mil tarbalhadores moçambicanos.