A Frelimo, o partido no poder em Moçambique, a nível da cidade de Maputo, a capital do pais, condena a ganância de alguns operadores económicos que especulam os preços e os do transporte semi-colectivo de passageiros que encurtam as rotas, tudo porque estão ávidos de um enriquecimento rápido e fácil.
O facto foi reconhecido e alvo de discussão no decurso da reunião do partido Frelimo a nível da Cidade de Maputo, que terminou, último Sábado, tendo constatado que as medidas inspectivas preconizadas pelos Governo ainda não estão a surtir os efeitos desejados devido ao limitado numero de recursos humanos.
O partido no poder em Moçambique reconhece que esta realidade tem impacto político negativo, podendo comprometer os esforços envidados dia-a-dia pelas suas estruturas a vários níveis no sentido de procurar formas de melhorar cada vez mais a vida dos munícipes e dos moçambicanos em geral.
“ Alguns comerciantes, neste mesmo momento festivo, recorrem ao açambarcamento e a especulação de preços de bens essenciais como o arroz, açúcar, hortícolas, e outros, contrariando todos os esforços envidados pelo Governo no âmbito da luta contra pobreza”, reconhece a Frelimo.
Este partido refere que a situação dos transportes urbanos continua factor perturbador da tranquilidade dos munícipes devido a escassez e ao comportamento pouco digno de alguns operadores e transportadores que praticam o encurtamento de rotas e outros atropelos.
Em resultado desta triste realidade, muitos utentes dos transportes públicos, apesar de se fazerem as paragens chegam sistematicamente tarde aos seus locais de trabalho, acontecendo o mesmo em relação ao regresso depois da jornada laboral para alem dos altos encargos que isso representa para o orçamento familiar.
“Nesta área é preciso reforçar a frota e aumentar a vigilância e fiscalização para que se possa circular com alguma tranquilidade e segurança”, recomenda a Frelimo, destacando que com a integração de 200 novos agentes da policia camarária recém formados augura-se melhorias particularmente no que tange a fiscalização.
O Partido Frelimo na cidade de Maputo aponta, por outro lado, que a proliferação de vendedores informais e ambulantes nos passeios é um dos factores perturbadores do normal funcionamento da cidade, colocando em risco os peões e em muitos casos reduzem a largura das vias criando congestionamentos.
Este cenário, segundo a Frelimo, é agravado pelo facto de muitos vendedores preferirem exercer as suas actividades fora dos mercados formais que, por essa razão, se encontram praticamente vazios.
A proliferação de vendedores informais e ambulantes nestes lugares agrava as condições de saneamento o que, por sua vez, propicia o surgimento de doenças como a cólera, malária, entre outras.
“Nos mercados é preocupante a existência de oportunistas que nos mercados grossistas cobram, coercivamente, valores adicionais aos estabelecidos, acontecendo o mesmo nas terminais dos transportes”, explica o partido no poder.
Para que o combate a estes males seja coroado de êxito, o Comité da Cidade destaca a necessidade de se adoptar melhores métodos de planificação e coordenação entre os Governos do município e da Cidade, na sua qualidade de província.