Formada em 2003, e com apenas duas violas por si adaptadas, a banda Tangalane, começou a dar os primeiros passos na música. Na verdade, os seus elementos cantam há bastante tempo. Como gostam de dizer, “começamos a cantar dentro dos ventres das nossas mães”.
Ao @Verdade a banda disse que está em estúdio a gravar o seu primeiro álbum de originais, que será composto por 14 temas. Mesmo sem adiantar o nome do álbum nem a data da publicação, a banda revelou que no seu trabalho será possível ouvir música marrabenta, afro, jazz, zouk, entre outros. Inspirada em músicos como Tracy Chapman, Ghorowane e Kapadech, os Tangalane integram sete membros, nomeadamente Paito na bateria, Melvien, o baixista, David, solista e vocalista, Eunice, Tchakaze e Cota vocalistas, Alex no teclado.
@Verdade quis saber se Tangalane, se apostando no seu estilo musical, conseguirão o espaço tomado pelo Dzukuta e Pandza. A resposta foi pronta: “Mesmo sabendo que as exigências do mercado recaem no mesmo estilo de música, confiamos no nosso trabalho. Queremos actuar no mesmo palco com os fazedores do dzukuta e pandza, para verem que de facto temos qualidade”. A banda acredita que o facto de fazer música ao vivo confere-lhe maior credibilidade.
Como tantas bandas que tocam ao vivo, os Tangalane sentem-se marginalizadas por alguns promotores de espectáculos. Já dizia Azagaia que “os Djs fazem mix de peixe mais peixe quando, as editoras são dadas bifes dizem que querem mais peixe”. Isto para suportar a ideia de que as editoras e os promotores de espectáculos só querem promover um género de música, marginalizando os outros.
Para divulgar as suas músicas, a banda tem realizado espectáculos em várias casas de pasto. Para uma maior promoção das músicas, a banda projectou para breve a gravação de um videoclip.
Os Tangalane existem há cinco anos, e como eles mesmo explicaram, o seu nome foi extraído do Bitonga, uma língua falada na província de Inhambane que significa sossego. “Nós existimos para sossegar as pessoas através do conteúdo das nossas músicas”.