Transportadores de Passageiros e de Carga na Província de Sofala, Centro do País, instam as autoridades de direito a serem mais rigorosas em relação aos estabelecimentos vocacionados à comercialização de acessórios auto.
Num encontro de reflexão com o INAV – Instituto Nacional de Viação Civil sobre mitigação de acidentes de viação nas estradas nacionais, sextafeira última, na Beira, aqueles operadores denunciaram a proliferação de muitos acessórios piratas no mercado de sobressalentes de automóveis.
Disseram que os acessórios piratas, geralmente caracterizados pela sua fragilidade, a sua aplicação nas viaturas representam um sério risco por não oferecer segurança.
Apontaram, especificamente, pneus, câmaras-de-ar, sistemas de travões e de direcção, molas e amortecedores cuja qualidade disseram deixar muito a desejar.
Até porque reconhece-se que muitos acidentes de viação que ocorrem nas rodovias nacionais são originados na sequência de deficiências geralmente detectadas naquelas secções sensíveis de qualquer viatura.
Reagindo a preocupação apresentada pelos transportadores de passageiros e de carga em Sofala, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) do INAV, Alfiado Sitóe, presente no encontro, prometeu abordar a questão junto de outras autoridades competentes por forma a que o País seja mais exigente em relação a qualidade dos acessórios que são colocados no mercado nacional.
Quase todos os acessórios comercializados no mercado nacional são de origem estrangeira. No entanto, nem sempre a exigência deve recair sobre a origem do acessório como muita gente pretende que assim seja, mas sim sobre a certificação da qualidade do produto, documento geralmente emitido por entidades competentes nacionais ou estrangeiras.
O PCA do INAV disse que uma das instituições que espera abordar sobre esta matéria é o Instituto Nacional de Normalização da Qualidade.
Refira-se, entretanto, que de Janeiro de 2010 a esta parte a tendência de sinistros nas estradas nacionais indica uma redução na ordem de 3.3 por cento, mas as perdas humanas estas aumentaram em 19.2 por cento durante o período em análise.
Isso significa que o número de acidentes de viação em Moçambique reduziu globalmente, mas agravaramse os sinistros graves.
A condução em estado de embriaguês, excesso de velocidade e inobservância das regras elementares de trânsito tanto por parte dos automobilistas, assim como por parte dos motociclistas, ciclistas e peões em geral continuam a representar as principais causas que provocam desastres rodoviários no País. O mau estado das vias e a deficiente sinalização também fazem parte.