Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

SNJ preocupado com falsos jornalistas

O Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ) está preocupado com o que se está a passar na província de Nampula, marcado pelo surgimento de falsos profissionais daquela classe e que burlam e extorquem instituições públicas e privadas para fazer coberturas jornalísticas em diferentes pontos sem, no entanto, cumprir as suas falsas promessas.

Eduardo Constantino, secretário-geral do SNJ, instou na sua recente visita de trabalho a Nampula para que estes casos sejam denunciados aos órgãos competentes, sobretudo à Policia da Republica de Moçambique e ao sector do Trabalho por parte das diferentes organizações da sociedade civil, que são as vítimas preferenciais destes falcatruas.

Na província de Nampula instalouse uma síndrome de burla protagonizada por indivíduos que exerceram num, passado recente, o jornalismo, incluindo outros que por não reunirem os requisitos exigidos para o ingresso na profissão durante o período de estágio foram dispensados dos respectivos órgãos de comunicação social implantados nesta região.

No entanto, segundo constatações, os mesmos indivíduos quando se apercebem da presença de um governante que tenha agenda de deslocação aos distritos fazem-se presentes tanto nas conferências de imprensa concedidas no aeroporto ou noutro lugar para ludibriar os promotores no sentido de fazer incluir os seus nomes no programa e, consequentemente, beneficiar de ajudas de custos inerentes, procedimento injusto que causa danos irreparáveis às referidas instituições.

Para Eduardo Constantino, esses factos que ocorrem um pouco por todo o país, mas com enfoque em Nampula, tem sido possíveis em face da fragilidade evidente da inspecção do trabalho na direcção provincial do ramo e do próprio secretário local do SNJ que, com uma melhor organização interna e relacionamento inter-institucional seria possível desbaratar os implicados nestas manobras.

Contudo, a missão de controlo do exercício do jornalismo nas diferentes empresas do ramo existentes em Nampula cabe exclusivamente ao respectivo Sindicato Provincial, porquanto a existência de infiltrados entre os quais aqueles que já exerceram a profissão, mas que não se encontram vinculados a nenhum órgão e muito menos estejam cadastrados como “free lancer” junto do Gabinete de Informação, que funciona adstrito ao gabinete do Primeiro-ministro, só mancha aqueles jornalistas honestos.

Dados em nosso poder indicam que alguns desses falsos jornalistas chegam a exigir somas em dinheiro a dirigentes de empresas públicas e privadas alegadamente para não publicar artigos relacionados com actos de corrupção ou gestão danosa, incluindo sociais.

Aqueles que mostram relutância em aceder aos pedidos dos falsos jornalistas chegam a receber ameaças de denúncia dos aludidos casos, facto que, entretanto, não se consuma por não haver fundamentação.

O secretário-geral do SNJ denunciou alguma tendência manifestada por parte de alguns órgãos de comunicação social licenciados de incluir deliberadamente nas suas fileiras jornalistas que pautam por uma conduta de perseguição para denegrir dirigentes dos órgãos do Estado e do governo.

E a estratégia que usam para os ilibar de um possível processo judicial movido por uma das partes lesadas com os artigos escritos se consubstancia em não estabelecer um vínculo contratual de trabalho com os mesmos.

No entanto, Eduardo Constantino está confiante que a carteira profissional, que está prestes a ser aprovada, possa vir a regular a relação entre os jornalistas e os respectivos órgãos de comunicação social e estes com as entidades públicas, privadas e associativas com as quais estabelecem diariamente uma relação de trabalho para o bem comum.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts

error: Content is protected !!