A Renamo, principal partido da oposição política em Moçambique, recordou, domingo, a morte do seu primeiro líder, André Matade Matsangaissa, que tombou a 17 de Outubro de 1979, no Distrito da Gorongosa, Província de Sofala, no decorrer de um combate com as tropas governamentais.
Passaram, domingo, 31 anos após a sua morte. No entanto, pelo menos publicamente não é conhecido ainda o destino dado ao seu corpo.
Consta que os seus restos mortais haviam sido recolhidos e transportados numa avioneta ao serviço da Renamo que viria a ser atingida pelas tropas governamentais e ninguém terá dado conta nessa ocasião que entre os corpos das vitimas encontrava-se o de André Matade Matsangaissa.
Matsangaissa é admirado dentro e fora do País pela coragem que teve para iniciar uma revolta militar contra o regime da Frelimo, que viria a prolongar-se até Outubro de 1992, com a Assinatura do Acordo Geral de Paz em Roma, entre o Governo e a Renamo.
A Renamo tem reivindicado a proclamação de André Matsangaissa como Herói Nacional, mas a Frelimo rejeita isso alegando que ele promoveu uma rebilião que conduziu a desestabilização do País durante 16 anos pouco depois da Independência Nacional.
O mais grave é que essa guerra ceifou a vida de mais de um milhão de moçambicanos e destruiu grande parte das infra-estrutuas sócio-económicas do País, nomeadamente linhas férreas, pontes, indústrias, escolas, hospitais, entre outras.
Seja como fôr, a Renamo alega isso consequências normais duma guerra, preferindo enfatizar o objectivo da revolta. A Democracia. A Renamo considera André Matsangaissa o principal arquitecto do Estado de Direito Democrático Multipartidário em Moçambique.
O seu nome e o seu feito foram ontem exaltados na Beira, numa manifestação tida lugar na Praça vulgo Matsangaissa, na Munhava, antecedida duma marcha.