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FRELIMO em descomunal ofensiva diplomática

O partido FRELIMO, que governa Moçambique desde a independência do país em Junho de 1975, está engajada numa peculiar ofensiva diplomática, com destaque para organizações congéneres estrangeiras consideradas “irmãs” desde os tempos em que se assumia como agremiação de inspiração comunista.

Muito recentemente foram assinaladas conversações com partidos comunistas do Vietname, China, Cuba e com o MPLA, de Angola. Se bem que pouco transpirou dos contactos com os comunistas asiáticos, matéria considerável foi passada para o domínio público quanto ao que Filipe Chimoio Paúnde e José Camunga Pantie foram fazer em Cuba e em Angola, respectivamente.

Notícias de Cuba

Em Cuba, o Secretário- Geral da FRELIMO, Filipe Paúnde, foi recebido pelo membro do Politburo do Comité Central do Partido Comunista Cubano (PCC), Esteban Lazo Hernández, na sede deste partido em Havana e visitou locais de interesse económico e político daquele arquipélago.

Fonte diplomática cubana afiançou que Paúnde destacou as “estreitas relações” existentes entre o PCC e a FRELIMO, para além de transmitir uma mensagem do presidente deste partido, Armando Guebuza, ao “comandante” Fidel Castro e ao Presidente do Conselho de Estado e de Ministros general, Raul Castro.

No dia seguinte a delegação da FRELIMO, que inclui, entre ouros quadros do partido do “batuque e maçaroca”, Raimundo Pachinuapa, visitou o monumento de Ernesto Che Guevarra, erguido na Villa de Santa Clara.

Pachinuapa foi um dos poucos confidentes do eterno guerrilheiro boliviano quando na década de sessenta visitou alguns movimentos de guerrilha em África.

Beber da experiência do “EME”

Apurámos que em Angola a delegação dos “camaradas”, liderada pelo secretário do Comité Central para Organização da FRELIMO, foi buscar a experiência do MPLA sobre o processo da mudança das células do partido das instituições públicas para as zonas residenciais.

O facto de o MPLA ter feito a transferência, com sucesso, dos seus comités das repartições públicas para as zonas de residência, foi a principal razão para a visita da comitiva de Pantie a Luanda.

A delegação da FRELIMO visitou igualmente o planalto central angolano, Huambo, onde Pantie se mostrou impressionado com o nível de “organização” do MPLA naquela região que durante a guerra civil naquele país chegou a ser “quartel general” do então movimento rebelde armado UNITA, na altura liderado pelo carismático Jonas Malheiro Sidónio Savimbi, nascido em 3 de Agosto de 1934 e morto em combate pelas tropas do regime de Luanda em 22 de Fevereiro de 2002.

Bailundo, outro baluarte da UNITA durante a guerra em Angola, foi outro ponto escalado por Pantie, que na sexta-feira foi recebido pelo vice-presidente do MPLA, Roberto de Almeida.

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