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Problemática do rácio alunos por professor longe do FIM

A solução da velha problemática do rácio alunos por professor nos diversos subsistemas de ensino continuará inalterável enquanto o Estado moçambicano se debater com sérias limitações orçamentais para inverter a tendência. O Ministro da Educação, Zeferino Martins, que reconhece o reflexo da actual realidade vivida no sistema de ensino e a p r e n d i z a g e m moçambicanos, lamenta, porém afirma que enquanto o pelouro se debater com a falta de recursos financeiros não se pode esperar uma redução drástica como é desiderato de todos, com vista a melhorar a respectiva qualidade.

O actual rácio ronda os cerca de 67 alunos por professor e, segundo Martins, para baixar ao nível julgado razoável, que é de 30 alunos por docente, seria necessário duplicar o efectivo professoral existente actualmente no sistema de ensino (cerca de 140 mil professores e vários técnicos). “Repare que com o rácio que temos de cerca 67 alunos por professor, para termos uma turma razoável de 30 alunos teríamos de duplicar o número de professores actualmente existente no sistema nacional de ensino, mas o país não dispõe simplesmente desses recursos e não terá nos próximos anos”, frisou o titular da pasta da edução.

Todavia, enquanto rarearem os recursos, o número de escolas de todos os tipos e níveis de ensino aumenta anualmente, situação que, sem dúvida, exige uma atitude proactiva na planificação e previsão das necessidades quer materiais quer humanas, de forma a satisfazer os anseios e expectativas daqueles cujos filhos só podem estudar em estabelecimento de ensino não isentos desta realidade. Aliás, enquanto o sector da educação continuar a se deparar com os constrangimentos desfavoráveis ao bom ambiente como insuficiência de estímulos concorrentes à catalisar o desempenho e a retenção dos professores entre vários outros a qualidade continuará em níveis aquém do desejado.

No pacote de medidas diversificadas destinadas a corrigir a actual situação, Zeferino Martins aponta o aumento do número de professores recrutados anualmente (calculado em 12 mil), para entre 15 a 20 mil docentes, mas difícil de concretizar dadas as limitações financeiras. O sector da educação é aquele que, por sinal, contribui com a mais alta fasquia no Aparelho Geral do Estado, isto é, 55,37 por cento dos 179.383 de acordo com 2º Anuário Estatístico dos Funcionários e Agentes do Estado.

Desta feita, Zeferino Martins disse que o ministério está a equacionar outras medidas que consistem, por exemplo, na formação dos professores para serem capazes de lidar com turmas numerosas, ajudar os docentes a organizar melhor os grupos na sala de aulas criando, por conseguinte, dinâmicas uma participação de todos os alunos no processo de ensino e aprendizagem. A medida, segundo o titular da pasta da educação, é completamente factível porquanto há metodologias que podem ser utilizadas para que os professores lidem com turmas numerosas.

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