Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Revelado abuso sexual nas escolas quenianas

Mais de mil professores foram demitidos no Quénia por terem abusado sexualmente das suas alunas durante os últimos dois anos. A maior parte das vítimas têm idades compreendidas entre os 12 e os 15 anos e na grande maioiria dos casos, as violações tiveram lugar em escolas primárias situadas em zonas rurais.

Um representante do governo queniano, Ahmed Hussein, disse à BBC que vários professores foram detidos e que a linha nacional estabelecida para apoiar as vítimas revelou que o problema é muito mais generalizado do que o previsto. No ano passado no Quénia, 600 professores foram demitidos e este ano 550 perderam o seu trabalho depois de terem beijado, tocado ou engravidado dezenas de raparigas.

No Quénia existem 240 mil professores espalhados por todo o país. Detectar e punir Brian Weke, o director da ONG de defesa infantil The Cradle, disse à BBC que a sua organização tina-se deparado com uma série de casos de violação sexual das alunas por parte dos professores: “Lidámos com vários casos.

Por exemplo, no ano passado visitei um dos distritos no Quénia, na província de Nyanza, e encontrei uma escola primária onde mais de 20 alunas estavam grávidas e perto de metade tinham sido engravidadas pelos professores.” Ele acrescentou que os responsáveis pela investigação dos abusos não estavam a transmitir informações importantes para tentar condenar os responsáveis. Weke erferiu que o problema principal é que os supervisores da educação nos diferentes distritos não apresentavam queixa à polícia, apesar de terem conhecimento do que se estava a passar.

Jane Thuo, uma antiga professora e activista, disse à BBC que era fácil saber se os professores acusados de abusarem as crianças se voltavam a candidatar noutra localidade: “A Comissão para os Professores em Serviço é o único sistema nacional que contrata e demite professores, portanto é fácil saber. Os professores que foram afastados da profissão podem ser detectados. (…) E sei que há vários casos agora em tribunal para assegurar que os pais e as crianças que foram abusados sejam compensados.”

O correspondente da BBC na capital, Nairobi, afirma que muitas vezes os professores que são apanhados acabam por pagar aos pais para evitar que os casos sejam levados à barra da justiça.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts

error: Content is protected !!