O Presidente da Associação de Amizade Moçambique-Cuba, Marcelino dos Santos, denunciou na passada segunda-feira que o bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba causa enorme sofrimento ao povo deste país das Caraíbas e, por isso, deve ser abolido, com a ajuda da comunidade internacional. Ao intervir no III Encontro Africano de Solidariedade com Cuba, que se efectua em Luanda, com a participação de delegações de 18 países, dos Santos referiu que as restrições económicas, comerciais e financeiras impostas pelo Governo norte-anericano constituem um atentado à liberdade e soberania da pátria de José Martí.
“Cuba é socialismo e símbolo de resistência, que contribui ao desenvolvimento de muitos países no mundo, sobretudo os mais pobres. Por isso, como africanos que recebemos a ajuda de Cuba, devemos redobrar hoje a solidariedade”, afirmou o antigo presidente da Assembleia da República de Moçambique citado pela Rádio Moçambique.
Dos Santos, membro do Comité Central da FRELIMO e integrante do Conselho de Estado, apelou, em nome do povo moçambicano, à libertação dos cinco antiterroristas cubanos presos desde 1998 em prisões dos Estados Unidos. “Pedimos ao Presidente Barack Obama que devolva à casa, de imediato, esses filhos de Cuba, que só monitoravam acções de grupos terroristas em Miami”, exortou o político e poeta moçambicano.
Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Fernando González, António Guerreiro e René González, foram apontados por Marcelino dos Santos como exemplo de cidadãos cubanos que não traíram os princípios revolucionários naquele país. O foro africano solidário com Cuba, que contou com a presença de familiares dos cinco cidadãos cubanos acima descritos e outras personalidades e que terminou no passado domingo, é auspiciado pela Liga Angolana de Amizade e Solidariedade com os Povos, a Associação de Amizade Angola-Cuba, e o Instituto Cubano de Amizade com os Povos.
