As mesas de voto no Quénia, que decide esta quarta-feira a aprovação de uma nova Constituição, estão prestes a fechar. Os líderes quenianos estão confiantes de que a maioria dos votos será pelo “sim” ao novo documento. Ao longo do dia desta quarta-feira têm se verificado longas filas para votar, mas até agora não foram registados quaisquer incidentes.
O documento tem como objectivo a limitação dos poderes do Presidente e o estabelecimento de uma Comissão para a reforma agrária. A nova Constituição é a principal peça de um pacote legislativo para a reforma da política queniana e para se evitar o tipo de violência que se seguiu às eleições gerais de Dezembro de 2007.
Reestruturação Na altura, mais de mil pessoas foram mortas e centenas de milhares ficaram desalojadas na sequência de disputas devido aos resultados eleitorais. A nova proposta de Constituição lida com muitas das questões que estiveram no centro da violência pós-eleitoral de há dois anos e meio.
Reestrutura radicalmente a forma como o poder é distribuído; cria um novo sistema distrital e um Senado; e, num passo altamente controverso, lida com a reforma agrária.
Os autores da proposta constitucional dizem tratar-se de um documento para um futuro pacífico; os seus opositores alegam que só vai servir para piorar ainda mais as coisas.