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Gorongosa candidata-se a modelo global

O Parque Nacional da Gorongosa (PNG), na Província de Sofala, Centro de Moçambique, está a introduzir elementos de referência não só a nível nacional como vão constituir marco para aqueles que lutam pela preservação da riqueza natural em beneficio da humanidade no mundo inteiro, candidatando-se deste modo para tornar-se modelo nesse contexto.

Um dos marcos de destaque é a integração das comunidades na conservação da biodiversidade e os ecossistemas nele existentes em beneficio da humanidade global, assumindo que o seu efeito positivo revela a grande responsabilidade que o País e o Governo de Moçambique jogam para o mundo inteiro. O parque hoje está a beneficiar de projecto de restauração depois de longo período de desgraça causada pela guerra de desestabilização que foi responsável pela destruição de infraestruturas, fauna bravia, flora, isso acrescido a destruição do tecido huma no.

Um aspecto interessante incorporado no projecto de restauração da Gorongosa cinge-se a combinação de quatro vertentes importantes, nomeadamente a social que valoriza o capital humano; a ecológica que estima a conservação da biodiversidade e os ecossistemas; a económica aquela que espera ter um grande impulso doravante; e a tecnológica que explora a utilização de conceitos e técnicas que já são domínio da humanidade mas que nem sempre são usados nos vários pontos do mundo não só em Moçambique.

“Trabalhamos na perspectiva social, criando condições para que as comunidades possam beneficiar da riqueza que a natureza nos proporcionou, ao mesmo tempo que criamos condições para a preservação de espécies tanto de fauna como de flora e também estamos a criar condições para o desenvolvimento de actividades económicas” – assinalou o Ministro do Turismo, Fernando Sumbana, numa entrevista recente que concedeu no PNG por ocasião dos cinquenta anos do parque.

Por essa ocasião, o PNG inaugurou o Centro de Educação Comunitária, uma empreitada modelo que procura explorar tecnologias para minimizar o uso de energia, para estabilizar o ambiente nos períodos quentes trazendo temperaturas mais baixa nas salas e nos períodos frios proporcionando temperaturas mais amenas. Para o Ministro do Turismo isso tudo mostra o esforço que se está a realizar no sentido de utilizar aspectos tecnológicos que já são domínio da humanidade mas que nem sempre são usados nos vários pontos do mundo, incluindo Moçambique.

Na mesma entrevista, Fernando Sumbana não deixou de se referir ao patrono da Fundação Carr dos Estados Unidos da América, o multimilionário Greg Carr, o maior impulsionador de toda actividade em decorrente no Parque Nacional da Gorongosa, através de um acordo com o Governo Moçambicano valido por três décadas.

“Devo dizer também que tivemos outro marco em 2007 que foi a compreensão do Greg Carr dos objectivos do Governo em relação ao Parque Nacional da Gorongosa” – referiu Sumbana, recordando que quando o milionário filantrópico chegou em Moçambique a sua primeira intenção era trabalhar na Reserva Especial de Maputo, mas convidado a visitar o PNG ficou surpreendido e decidiu apostar no grande desafio que já tinha sido manifestado pelo Governo em 1997 quando o parque foi reaberto.

O Ministro do Turismo lembrou que foi em 1997, depois do fim da guerra em 1992, que o antigo Primeiro- Ministro de Moçambique, Pascoal Mocumbi, procedeu o relançamento do PNG e a partir dai passou-se a trabalhar no sentido de posicionar esse parque a nível global, fazer com que voltasse a ser uma referência sobretudo ao nível do continente africano.

O PNG, refira-se, chegou a ter grande reputação ao nível internacional dada a biodiversidade que nele se verifica, quando detinha a fama por causa dos leões, era o parque com maior população de leões ao nível do continente africano, e a proximidade com a Reserva de Marromeu com grande população de búfalos ao nível do mundo.

Analisando os cinquenta anos que o Parque Nacional da Gorongosa completou no passado dia 23 de Julho, Fernando Sumbana considera tratar-se de um percurso misto de ganhos e perdas, mas acima de tudo revelou que a reflexão corrente é de que existe o rumo que é a frente, que exige trabalho para multiplicar os ganhos que foram realizados até o presente momento.

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