A Alemanha encerrou o Campeonato do Mundo Feminino da FIFA Sub-20 fazendo a festa com os seus adeptos, este domingo, a seleção tornou-se a primeira anfitriã a conquistar o título do torneio ao derrotar na final a Nigéria por 2 a 0, em Bielefeld. Este foi o segundo título alemão no campeonato, depois do troféu erguido na Tailândia 2004, de modo incontestável, com a sexta vitória consecutiva na decisão. Uma vitória que foi construída com um golo madrugador da sua artilheira, Alexandra Popp, e o segundo golo mesmo em cima do minuto 90.
Poderia ter sido mais fácil ou menos tenso para os seus adeptos, já que as alemãs dominaram o confronto. No fim, porém, a Nigéria despediu-se do torneio de cabeça erguida, tendo lutado até o fim e terminado com um honroso vice-campeonato. Alexandra Popp terminou uma campanha arrasadora com dez golos, faturando a Bota de Ouro adidas com um recorde em cinco edições do Mundial.
O décimo golo não poderia ter saído em melhor momento para a Alemanha, logo aos oito minutos da decisão. Depois de um balão da lateral direita, a atacante disputou nas alturas e foi superada por Dzsenifer Marozsan. Mas a bola, então, sobrou na sua direção. Ela passou por Joy Jegede e rematou cruzado para vencer a guarda-redes Alaba Jonathan, com tranqüilidade.
Com vantagem no placar, as anfitriãs assumiram o controle do confronto, não deixando as rivais africanas criarem jogadas de perigo nos primeiros 20 minutos. Por outro lado, a intensidade da equipa foi diminuindo gradativamente até que a Nigéria passou a reter a posse de bola na metade final antes do intervalo, criando algumas chances de golo, como a de Ebere Orji, aos 28 minutos.
Com liberdade pela ponta direita, a nigeriana avançou sozinha e arriscou o remate quase sem ângulo, para boa defesa de Almuth Schult, que espalmou por cima do travessão. Aos 37, no entanto, um lance de instabilidade por parte das visitantes quase custou muito caro, podendo jogar por água abaixo todo o terreno conquistado. A guarda-redes Alaba Jonathan acabou falhando na reposição de bola, chutando na direção Sylvia Arnold, que não perdeu tempo em tentar a finalização. A guarda-redes recuperou-se a tempo de fazer uma defesa no poste esquerdo.
Na segunda parte, a Nigéria manteve a forte marcação no meio-campo, levando em geral a melhor nas divididas e procurando um maior volume de jogo. Desire Oparanozie causava problema para as europeias com sua força física e velocidade. Mas a seleção nigeriana falhava na hora de preparar as finalizações. Diante de uma equipa eficiente como a Alemanha, isso poderia ser fatal.
Uma série de cruzamentos para a área das Falconetes em direção a Popp passaram a causar problemas. Embora a atacante não tenha ampliado o marcador, sua presença e talento geraram lance de perigo aos 53 e 60 minutos. Foi o suficiente para dar início a uma pressão das alemãs, que voltaram a assumir o controle da partida. Até que, nos descontos finais, o jogo aéreo das alemãs, enfim, surtiu efeito.
Na sequência de um segundo ponta de canto consecutivo, Kim Kulig, que já havia acertado a trave aos 83, subiu para cabecear com firmeza e voltou a encontrar o poste pela frente, a bola, porém, bateu em Osinachi Ohale no ressalto com força e voltou para a baliza fazendo o dois a zero final para a seleção alemã.
