O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, apelou a população de Nhamadze, província central de Sofala, a aumentar o seu nível de persistência na dura batalha contra a pobreza. Falando esta sexta-feira num comício popular que orientou naquele Posto Administrativo, no início da “Presidência Aberta e Inclusiva” de quatro dias a Sofala, Guebuza disse, por outro lado, ser ainda necessário valorizar-se os recursos colocados a disposição da população, como é o caso do Fundo de Desenvolvimento de Iniciativas Locais, vulgo “Sete milhões” de meticais, instituído em 2006.
“Estamos a combater a pobreza mas isso não significa que já resolvemos todos os problemas. É preciso persistirmos”, disse Guebuza. Quanto aos “Sete milhões”, por exemplo, o estadista moçambicano reiterou que é um fundo que não pode, de uma única vez, chegar para todos, havendo necessidade de os gestores do mesmo serem transparentes na sua gestão.
De acordo com Guebuza, este valor não chega para todos, dai que uma gestão transparente pode permitir que o fundo beneficie muito mais gente. “Os que trabalham com este fundo devem ser transparentes. Eles devem dizer ao povo tudo o que tem a ver com a gestão do mesmo. É um dinheiro que vem dos nossos impostos e, por isso, todos devemos ser informados da sua utilização”, sublinhou Guebuza, que ainda esta sexta-feira orientou, mas já na vila autárquica de Gorongosa, uma sessão extraordinária do Governo provincial.
Guebuza, que se faz acompanhar de alguns diplomatas estrangeiros, destacou a necessidade de os moçambicanos se unirem a volta da luta contra a pobreza, contando para tal com o espírito de entreajuda. “Um pais é como uma família que cria amizade, da e recebe ajuda de outras”, disse, pouco antes de apresentar o embaixador da Argélia em Moçambique, a Encarregada de Negócios da Islandia, e a chefe da Cooperação na embaixada da Áustria.
Reiterando a importância da entreajuda, Guebuza disse, por exemplo, que a Argélia é um pais que se tornou independente muito antes de Moçambique e que muito cedo disponibilizou-se a ajudar a luta pela independência de muitos países. Com efeito, grandes heróis da independência nacional receberam treino militar, em 1963, na Argélia, casos do falecido Presidente Samora Machel, do ex-Ministro da Defesa Nacional, Alberto Chipande, e o antigo Comissário Politico das Forcas Armadas de Moçambique, Eduardo da Silva Nihia, entre outros.
“Para superarmos as dificuldades, primeiro dependemos de nos mesmos, mas também precisamos da ajuda de amigos”, afirmou Guebuza, perante varias centenas de pessoas.
Sábado, Guebuza trabalha no Posto Administrativo de Chiramba, distrito de Chemba, para no Domingo escalar o Posto Administrativo de Tica, em Nhamatanda. Ele devera fechar a sua visita a Sofala, próxima Segunda-feira, trabalhando no Posto Administrativo de Goonda, distrito de Chibabava.
