O Governo moçambicano decidiu esta terça-feira aumentar de 3.700 quilómetros quadrados para 4.067 quilómetros quadrados a área do Parque Nacional da Gorongosa (PNG), centro de Moçambique, para “evitar a destruição do ecos-sistema do parque”.
Em conferência de imprensa que se seguiu à sessão das terças-feiras do Conselho de Ministros, o porta-voz do órgão, que é também vice-ministro da Justiça, Alberto Nku-tumula, afirmou que o aumento dos limites do PNG, um dos maiores de África, será feito através da anexação da área da Serra da Gorongosa e da criação de uma zona tampão em redor do parque.
“Foi criada uma zona tampão em redor do Parque Nacional da Gorongosa, justamente para se constituir uma região intermédia entre o parque e a zona de exploração livre de recur-sos minerais, faunísticos e florestais”, disse Alberto Nkutumula Ao estabelecer-se uma zona intermédia entre o parque e a zona de exploração de recursos, pretende-se que as atividades da população “não tenham influência negativa sobre o ecossistema da região”, sublinhou o porta-voz do Conselho de Ministros de Moçambique.
Segundo Alberto Nkutumula, sem a delimitação agora decretada, os danos ao ecos- sistema do PNG, do próprio distrito da Gorongosa e da cidade da Beira, capital da província de Sofala, onde está o parque, serão irreparáveis.