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Angoche em vias de reduzir carência de àgua

As dificuldades de abastecimento de água potável e a falta ou inoperância de latrinas e sanitários, situação que afecta cerca de 67 mil alunos inscritos nos estabelecimentos escolares no distrito de Angoche poderá ter uma solução definitiva.

A Iniciativa “Escola, Amiga da Criança”, patrocinada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), acaba de lançar um projecto visando a construção e reabilitação de um total de 30 furos de água e 78 latrinas e sanitários nas escolas no distrito de Angoche. O arranque dos aludidos trabalhos está previsto para final do mês em curso e vai beneficiar 92 escolas primárias e secundárias localizadas nos postos administrativos de Angoche-sede, Aúbe, Namitória e Namaponda, de acordo com dados apurados junto da direcção provincial de Obras Públicas e Habitação.

Neste momento decorre o processo de selecção das empresas que estarão à frente do processo de execução da empreitada que, segundo apuramos, incluiu trabalhos de reabilitação de seis fontes localizados no posto administrativo-sede de Angoche, cujos sistemas mecânicos se encontram inoperacionais devido a avarias.

No entanto, António Buanusso, director dos serviços distritais de Educação, Juventude e Tecnologia, referiu que a iniciativa “Escola Amiga da Criança”, da UNICEF, surge numa altura em que muitos estabelecimentos de ensino na região enfrentam dificuldades para garantir o abastecimento de água para o consumo dos alunos bem como para garantir a limpeza e higiene de latrinas e sanitários.

Aliás, os alunos satisfazem-se de água potável através do recurso às residências ou instituições das cercanias das respectivas escolas, acto que acontece repetidas vezes e que tem influenciado negativamente no aproveitamento pedagógico escolar. Outra alternativa consiste em trazer o precioso líquido em vasilhames a partir das suas casas.

Em relação ao saneamento do meio nas escolas em Angoche, António Buanusso referiu que, exceptuando da Escola Secundária de Angoche que recentemente beneficiou de obras de reabilitação de vulto, as latrinas e sanitárias dos restantes 91 estabelecimentos de ensino se encontram encerradas por decisão das respectivas direcções que têm a ver com a falta de abastecimento de água para garantir a limpeza e higiene. Esta situação propicia o fecalismo a céu aberto.

O abastecimento de água às escolas através de furos mecânicos tem produzido efeitos positivos, porquanto reduz os custos com despesas relacionadas com o consumo do precioso líquido fornecido pelas empresas distribuidoras ao nível das cidades e vilas que gozam desse privilégio. Este mecanismo ganha aderência das escolas devido as dificuldades financeiras que enfrentam para o seu normal funcionamento.

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