A empresa de telefonia móvel, Mcel-Moçambique Celular, celebrou, nesta segunda-feira em Maputo, um acordo com o Ministério da Saúde e a Clinton Foundation HIV-SIDA Initiative, através do qual os resultados das análises clínico-laboratoriais passarão a ser transmitidos, dos vários pontos do país, de forma célere e eficaz, com o apoio tecnológico desta operadora de telefonia móvel.
Avaliado em cerca de três milhões de meticais, o projecto vai permitir a redução da morbilidade e mortalidade em casos de crianças infectadas pelo HIV-SIDA.
Através do programa SER (Serviço Expedito de Resultados), os laboratórios poderão enviar resultados das análises a um servidor que, por sua vez, poderá reencaminha-los através da rede Mcel a uma impressora térmica localizado numa unidade sanitária.
Espera-se que durante os três anos de vigência do acordo, este sistema tecnológico, cuja fase piloto foi iniciada pelo Instituto Nacional de Saúde em Agosto do ano passado, seja disponibilizado a 550 unidades sanitárias do país.
Falando durante a cerimónia de assinatura do memorando de entendimento, o presidente do Conselho de Administração da Mcel, Teodato Hunguana, disse que esta parceria enquadra-se no âmbito da responsabilidade social da empresa que dirige e visa “providenciar a utilização de meios tecnológicos avançados que irão possibilitar o alcance de níveis mais elevados para a satisfação das necessidades de saúde, através da garantia de transmissão rápida dos resultados de testes laboratoriais aos serviços de saúde”.
“Auguramos que este projecto possa constituir uma contribuição importante para a redução os índices de mortalidade no nosso país, sobretudo na frente da luta contra o HIV-SIDA”, frisou.
Por seu turno, o director do Instituto Nacional de Saúde, Ilesh V. Jani, referiu que “temos enfrentado dificuldades de, por vezes, termos que transportar as amostras das localidades remotas até aos laboratórios e os respectivos resultados têm que voltar pela mesma via, o que resulta em alguns problemas em termos de equidade de serviços de saúde”.
“Quando iniciámos a prospecção desta tecnologia para a transmissão de resultados, nós tivemos, na altura, como principal foco, reduzir o tempo de transmissão dos resultados dos testes laboratoriais utilizado para fazer o diagnóstico de HIV em crianças, pois levávamos muito tempo, enquanto o HIV em crianças carrega uma morbilidade e mortalidade muito importantes””.
Acrescentou que, com este sistema moderno, “conseguimos reduzir o tempo entre a colheita das amostras e entrega dos resultados de cinco para um mês”.
Para Lise Ellyin, directora nacional da Clinton Foundation HIV-SIDA Initiative, Moçambique está na vanguarda desta tecnologia, cuja parceria representa uma boa etapa da colaboração público-privado.
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