O Alto-comissário da África do Sul (RAS) em Moçambique, Dikgang Moopeloa, defende que o investimento sul-africano no país deve ser sustentável e que traga benefícios concretos para a vida dos moçambicanos.
Nesse contexto, Moopeloa revelou que tenciona reunir-se com os investidores do seu país em Moçambique para a consciencialização sobre alguns dos aspectos mais salientes na relação bilateral que não devem ser ignorados, tais como a harmonia e convivência entre os dois povos, o respeito pela legislação moçambicana, bem como a sua responsabilidade social enquanto imagem económica da RAS neste país.
O diplomata sul-africano falava, em Maputo, durante uma audiência que lhe foi concedida pela Ministra moçambicana do Trabalho, Helena Taipo. Na ocasião, o Alto-comissário sulafricano garantiu à ministra que aquele país vizinho continuará a manter a tradição histórica existente com Moçambique na área laboral.
Citado num comunicado do Ministério moçambicano do Trabalho (MITRAB), Moopeloa observou que o seu país continuará comprometido com o actual nível de cooperação bilateral positivo, não só como países irmãos, como também pertencentes ao mesmo contexto geopolítico e económico, que é a Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral (SADC).
Moopeloa disponibilizou-se igualmente a ajudar o Governo no acompanhamento permanente dos moçambicanos que trabalham naquele país. O diplomata sugeriu ainda que se deveria começar a pensar nos moçambicanos que lá se encontram a trabalhar de forma ilegal nas diferentes áreas de actividade, para a sua regularização, uma vez que o circuito oficial continua a ser o das minas e, muito recentemente, do sector agrícola, em que neste último Moçambique tem vindo a legalizar vários cidadãos, juntamente com as autoridades sul-africanas e entidades patronais.