O chefe de polícia da República Democrática do Congo (RDC) foi suspenso e vários oficiais, detidos, em decorrência do assassinato de um defensor dos direitos humanos, Floribert Chebeya, anunciou este domingo o governo congolês, expressando a determinação em elucidar o caso.
Em mensagem lida na emissora de TV nacional, o ministro do Interior, Adolphe Lumanu, disse que o presidente congolês, Joseph Kabila, “expressou sua determinação em que se lance luz a este caso”, durante reunião extraordinária do Conselho Superior de Defesa, celebrada na noite de sábado. “Os primeiros elementos da investigação levaram à detenção de certos oficiais da polícia”, acrescentou, sem detalhar quantos.
“Para permitir que a investigação se realize com tranquilidade, o conselho decidiu pela suspensão provisória do inspetor-geral, John Numbi”, explicou Lumanu. Nos últimos dias se multiplicaram os chamados, de Estados Unidos, Nações Unidas, União Europeia e dezenas de ONGs, pedindo à RDC uma investigação independente sobre a morte de Chebeya.
Presidente da ONG ‘A Voz dos Sem Voz’, Chebeya, de 47 anos, um dos militantes dos direitos humanos mais respeitados da RDC, foi encontrado sem vida na quarta-feira na parte de trás de seu carro em uma estrada da capital congolesa, Kinshasa.
Segundo a polícia, tinha as mãos amarradas nas costas, e as calças e roupas íntimas abaixadas até os joelhos.