Muitos estabelecimentos comerciais que sofreram danos na sequência da explosão pertencem a cidadãos de nacionalidade paquistanesa e indiana. Muitos dos proprietários quando inquiridos pelo nosso jornal confirmaram que os estabelecimentos não estavam segurados, apesar de terem reconhecido a importância do seguro.
Ao nível das empresas seguradoras que operam na Cidade da Beira, O Autarca também confirmou que muitas daquelas lojas não possuem seguro. Até porque nenhuma das seguradoras contactadas pelo nosso jornal havia sido contactada na sequência dos estragos causados pelo estrondo. No entanto, apuramos a existência de um seguro denominada Seguro Multirisco Habitação.
Trata-se de um seguro que incluiu a cobertura em casos de incêndio, queda de raio e explosão; e ainda responsabilidade civil extra-contratual. O seguro até nem é muito caro. A taxa anual ronda 0.20 por cento do capital. Por exemplo, se o capital que pode ser o somatório do custo da instalação adicionado ao valor do recheio for de um milhão de meticais, a taxa anal de seguro deve rondar dois mil meticais, ou seja o equivalente a menos de cem dólares norte americanos.
Se o estabelecimento comercial que explodiu estivesse segurado o proprietário teria os prejuízos minimizados, incluindo em relação as responsabilidades com terceiros, visto que o mesmo seguro contempla a responsabilidade civil extra-contratual. No entanto, um especialista em matéria de seguro abordado pelo nosso jornal sublinhou que essa cobertura dependeria fundamentalmente dos resultados da investigação, porquanto o seguro não cobre situações de guerra.
Seria preciso provar que de facto se tratou de uma explosão que envolveu um material não bélico, uma hipótese, a julgar pela dimensão do estrondo e dos estragos, que o mesmo especialista apresenta suas sérias dúvidas.