O ministro dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula, disse, ontem, em Nacala- Porto, que o novo Aeroporto Internacional daquela cidade que estará aberto ao tráfego aéreo no segundo trimestre de 2012, colocará o país na rota da indústria da aeronáutica civil e exalta os valores da moçambicanidade. Com obras avaliadas em 80 milhões de dólares norte americanos, o futuro aeroporto terá impacto na atracção de investimentos, visando a exploração das potencialidades locais e regionais, segundo aquele governante.
De entre os 500 mil passageiros que vão transitar anualmente por aquele Aeroporto, estarão investidores interessados em descobrir oportunidades de usar o corredor ferroviário de Nacala para fazer as suas trasacções comerciais com os países da região austral de África. Aeronaves do tipo Airbus-340 e B- 747 que vão passar a escalar Nacala, a partir de 2012, altura em que estarão asseguradas, naquela infraestrutura, todas as condições de navegação e controlo de tráfego aéreo impostas pela Organização Internacional da Aviação Civil.
O titular da pasta da Defesa Nacional, Filipe Nyussi, reiterou, na ocasião, a disponibilidade do seu ministério em colocar as infra-estruturas militares em prol do desenvolvimento do país, respeitando as prioridades da sua utilização, concretamente na defesa da nação.
O governador de Nampula, Felismino Tocoli, prometeu que o seu executivo vai prestar todo o apoio ao projecto no sentido de que todas as barreiras ,que forem identificadas no percurso da execução, sejam removidas por forma a que os prazos de construção e entrega da empreitada sejam cumpridas.
Manuel Veterano, PCA dos Aeroportos de Moçambique, empresa que vai liderar a gestão do futuro Aeroporto Internacional de Nacala-Porto, disse que a reconversão do projecto é mais um desafio da sua instituição no sentido de dotar o país de infraestruturas aeroportuárias com condições de receber e acolher aeronaves e passageiros com níveis de exigências que correspondam aos patamares internacionais.
O projecto de desenvolvimento do novo Aeroporto de Nacala-Porto, a cargo da construtora Norberto Odebrecht, do Brasil, contempla obras de raiz de uma terminal com capacidade de atender cerca de 500 mil passageiros por ano, facto que o coloca na segunda posição ao nível do país, depois do de Maputo.
Miguel Peres, director daquela empresa para Moçambique, que vai empregar 750 trabalhadores dos quais 50 estrangeiros, salientou que outros trabalhos de vulto a serem realizados naquele projecto referem-se à ampliação da pista dos actuais 2.500 metros para uma dimensão que será conhecida futuramente, por forma a permitir a descolagem e aterragem de aviões de grande porte, bem assim a construção de uma placa de manobras, torre de controlo equipada do mais moderno equipamento de controlo de tráfego aéreo, do edifício do corpo de bombeiros, parque de estacionamento automóvel, estacão de combustíveis e de tratamento de água e colocação de um sistema luminoso no solo para permitir a sinalização diurna e nocturna.