Para combater as doenças de origem alimentar, os jornalistas que participaram recentemente na Beira num Seminário sobre Promoção de Higiene, promovido pela Direcção Provincial do Ambiente, recomendam a divulgação do Código de Boas Práticas junto dos vendedores e consumidores.
O Código de Boas Práticas disponível no Ministério de Saúde recomenda que os vendedores de alimentos nas esquinas devem ser bem educados e treinados sobre Boas Práticas de manipulação de alimentos, e os consumidores que sejam alertados para efectuar a melhor escolha dos produtos. O Código de Boas Práticas recomenda ainda que os vendedores de alimentos nas ruas devem estar devidamente identificados e licenciados pelas autoridades sanitárias locais, o seu estado sanitário e clínico deve ser reconhecido como apto e recomendável para a venda de alimentos.
Isto visa evitar que certas pessoas que possuem sobretudo doenças de fácil infecção estejam a vender alimentos e garantir que os consumidores não corram o risco de contrair tais enfermidades. Nos últimos tempos, devidos ao problema de conjuntura sócio-económico, muitos cidadãos tem praticado a venda de alimentos como forma de assegurar o seu sustento. E, a maioria destas pessoas nem sequer possuem aptidões ou saúde e higiene recomendáveis para o exercício dessa actividade.
É frequente deparar-se com um vendedor de alimentos, tais como bolinhos, ovos, etc., etc., com vestes su jos. Paralelamente, outros ate se atrevem a vender ou servir refeições com sarna ou outro tipo de doença de pele por exemplo. Isso tudo constitui grave atentado a saúde pública. As doenças de origem alimentar constituem um sério desafio as autoridades responsáveis pela Saúde Pública.
É que elas representam uma das principais causas responsáveis pela redução das capacidades físicas sobretudo no seio dos trabalhadores, contribuindo consequentemente para a redução do seu desempenho laboral com todas implicações as actividades económicas. Anualmente, milhões de pessoas, particularmente crianças e lactentes sofrem e morrem devido as doenças de origem alimentar, segundo a Organização Mundial de Saúde.
Muitas das doenças de origem alimentar podem ser prevenidas e dai salvar-se muitas vidas, caso os vendedores e consumidores cumpram com o Código de Boas Práticas recomendadas pelas autoridades sanitárias. No processo de divulgação do Código de Boas Práticas, os activistas devem explicar continuamente a população sobre a Higiene e os cuidados todos a ter quando lidam com alimentos, por exemplo evitar expor os produtos do contacto com as moscas, a higiene das mãos e os próprios utensílios, a destruição de baratas e luta contra roedores.
Em relação as verduras que se consomem cruas, devem ser lavados sempre com muita água potável. Quanto aos produtos enlatados devem ser observados o grau de apresentação, conservação e particularmente os pra zos de validade. Nos últimos tempos tem se verificado no mercado muitos produtos enlatados, empacotados e engarrafados os quais são vendidos mesmo depois de expirar o prazo recomendado para serem consumidos. O consumo de produtos fora de prazo representa um grande risco a saúde.
Em relação a carnes, recomenda- se o consumo daquela cujo abate tenha sido num matadouro licenciado onde passa pela inspecção do pessoal sanitário. A carne contaminada pode trazer muitas doenças infecciosas, como por exemplo a tuberculose e a gripe suína. Para prevenir e combater todos ilícitos relativos a venda e consumo de alimentos, o envolvimento da própria comunidade na denúncia é bastante determinante.
Muitas vezes a própria comunidade acaba tornando-se cúmplice dessa situação, porquanto a sua aderência ao negocio representa uma manifesta forma de contribuir para a sua manutenção. E verdade, por exemplo, que muitas pessoas preferem comprar carne fora do talho aliciados pelo baixo preço, mas esse factor sozinho não lhes deixa imune das responsabilidades no que concerne a para a prevenção e o combate dessa pratica que acaba atenta a vida das pessoas.