Uma pessoa morreu e 12 ficaram feridas esta sexta-feira em confrontos entre manifestantes antigovernamentais e militares no centro de Bangcoc, anunciou o governo. A violência desta sexta-feira na capital da Tailândia foi provocada por uma operação militar durante a manhã.
Na quinta-feira, os confrontos deixaram um morto e vários feridos, entre eles um general favorável aos “camisas vermelhas”, os manifestantes que exigem a renúncia do governo do primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva. O Exército avançou nesta sexta-feira por uma avenida de Bangcoc ocupada por 2.000 “camisas vermelhas”.
As Forças Armadas já haviam anunciado a intenção de recuperar pela força o controle da avenida. Os militares usaram bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes e um ônibus do Exército foi incendiado. Tiros também foram ouvidos no parque Lumpini. A capital do país está afundada na violência, depois de 10 dias nos quais as negociações pareciam ter prevalecido entre o premier Vejjajiva e os líderes “vermelhos”, ligados ao ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, atualmente no exílio.
Shinawatra pediu esta sexta-feira que o governo retire as tropas das ruas e retome as negociações com os manifestantes. “Acredito que uma solução política continua sendo possível na Tailândia, e o primeiro-ministro pode evitar que existam mais vítimas e pode salvar o país”, afirma Shinawatra num comunicado divulgado por seu conselheiro jurídico em Bangcoc.
Shinawatra governou a Tailândia durante cinco anos, mas foi deposto em 2006 por um golpe de Estado. Os partidários dele protestam há dois meses contra o atual governo.