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Novo ataque em escola chinesa deixa 32 feridos

Novo ataque em escola chinesa deixa 32 feridos

Um homem armado com uma faca feriu 29 crianças e três adultos esta quinta-feira em uma creche do leste da China, o segundo ataque do tipo em 24 horas e o terceiro em um mês. O agressor, Xu Yuyuan, 47 anos, invadiu uma escola da cidade de Taixing, na província de Jiangsu, com uma faca de 20 centímetros de comprimento e esfaqueou as crianças, a maioria com quatro anos de idade, informou a agência oficial Xinhua (Nova China).

Dois professores e um segurança que tentaram conter o criminoso também foram feridos. As 29 crianças estão em condição estável, segundo o governo local. “Trinta e duas pessoas foram feridas, sendo 29 crianças e três adultos”, confirmou por telefone um funcionário da administração local, que revelou apenas o primeiro nome, Zhu. “As cinco pessoas que estavam em situação crítica agora estão em condição estable. Não há mortes”, completou.

Fotos disponibilizadas em sites chineses mostram dezenas de pessoas reunidas do lado de fora da creche, muitas delas visivelmente desesperada. Este ataque é o mais recente de uma onda de violência que evidencia de maneira dramática o aumento da criminalidade na China, uma consequência das grandes transformações econômicas e sociais.

Na quarta-feira, um ex-professor que estava de licença médica por problemas psicológicos feriu 16 alundos e um professor em uma escola primária de Leizhou, na província meridional de Guangdong. O agressor, Chen Kangbing, foi preso após se jogar do teto da escola, em uma aparente tentativa de suicídio. Os feridos do ataque estão em condição estável. O ataque de Chen foi cometido no mesmo dia da execução, na província vizinha de Fujian, de Zheng Minsheng, um ex-médico de 42 anos que matou oito estudantes em 23 de março, frustrado pelos rumos de sua vida profissional e pessoal.

Antigos problemas como a corrupção, o crime e o abuso de drogas ressurgiram na China com o relaxamento dos controles sociais que acompanha a transição de uma economia controlada pelo Estado para uma capitalista. Vários estudos recentes destacam o aumento no número de distúrbios mentais, com frequência associados ao estresse psicológico que cresce à medida que a sociedade evolui com rapidez e que desaparecem as ajudas sociais. Além dos ataques em escolas, nos últimos meses a China foi abalada por outros massacres.

Há uma semana, a imprensa oficial informou que o cantor gay Zhou Youping foi detido na província central de Hunan depois de, supostamente, ter matado seis homens que participavam de jogos sadomasoquistas. Em fevereiro, Chen Ruilong foi condenado à morte na província de Jiangxi pelo assassinato de 13 pessoas, incluindo três policiais, ao longo de uma década. Apesar do aumento dos índices de violência, as rígidas leis sobre o porte de armas evitam um número ainda maior de vítimas neste tipo de ataques, afirmam analistas.

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