O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, afirmou esta quarta-feira que não dá para “acreditar muito” no que dizem as agências de classificação de risco, depois de a Standard & Poor’s ter reduzido a nota das dívidas soberanas de Grécia, Portugal e Espanha.
Questionado sobre o papel das agências de rating e o crédito que deveria ser dado a elas, Strauss-Kahn respondeu: “elas refletem o que recolhem (de informação) no mercado”. “Não dá para acreditar muito no que dizem, mas têm sim sua utilidade”, completou.
Uma das três maiores agências de risco, a Standard & Poor’s rebaixou na terça-feira em três níveis as notas dos títulos da dívida da Grécia, de “BBB+” para “BB+”, relegando os papéis do país à categoria de investimentos especulativos.
No mesmo dia, a agência derrubou em dois níveis a nota da dívida soberana de Portugal, de “A+” para “A-“, antes de rebaixar nesta quarta-feira em um nível a nota da Espanha, em “AA”. A Bolsa de Madri, que caía 1% pouco antes do anúncio da agência, cedeu nas últimas horas do pregão. O Ibex-35 fechou em queda de 2,99%.