Os preços médios das principais mercadorias exportadas por Moçambique registaram uma evolução negativa no passado mês de Fevereiro, com destaque para os do açúcar e do alumínio, que sofreram reduções de 8,5% e 7,9%, respectivamente.
Moçambique é um dos principais produtores de açúcar e do alumínio ao nível da região. Os dois produtos constituem as principais mercadorias que o País exporta, essencialmente para os mercados africano, europeu, americano e asiático. O açúcar é um produto que regista crescente procura no mercado internacional, daí o País estar a posicionar-se para aumentar a sua produção.
O mesmo acontece em relação ao alumínio, cuja produção nos últimos anos tem atingido oitocentas mil toneladas do metal. O incremento da produção nacional do alumínio é basicamente assegurado pela Mozal, enquanto o açúcar existem pelo menos quatro unidades produtivas, duas das quais em Sofala, nomeadamente em Marromeu e no Dondo. Ainda em Sofala existe uma terceira fábrica no Distrito do Búzi que, entretanto, encontra-se paralisada mas há esforços para a sua reactivação.
Alem do açúcar e do alumínio, Moçambique exporta várias outras mercadorias, com destaque para o camarão, a energia eléctrica da HCB, madeiras, entre outras. Dados do Banco de Moçambique indicam, por outro lado, que os preços médios de alguns produtos importados por Moçambique, com impacto na inflação doméstica, reduziram, com destaque para o trigo e milho em 3,4%, arroz em 2,2% e petróleo em bruto Brent em 2,7%. No dia 08 de Abril de 2010, o preço do barril de Brent era de USD 82,13.
No sector monetário, segundo os mesmos dados divulgados após a última reunião do Comité de Politica Monetária do Banco de Moçambique, realizada semana passada, o saldo do crédito à economia atingiu 72,533.8 milhões de Meticais no final de Fevereiro de 2010, correspondente a uma expansão anual de 54,4%, comparada com 48,8% observada em igual período de 2009. Em parte esse cenário reflecte a contracção no financiamento externo, em resultado da crise financeira internacional e o efeito da depreciação cambial. Expurgando esse efeito, a expansão anual do crédito foi de 48,3%.