O Presidente Armando Guebuza convidou a todos os moçambicanos para, uma vez mais, recordarem e exaltarem os Mártires de Mueda e a participarem de forma festiva, ordeira e pacífica, nas comemorações do dia da independência nacional.
Com efeito, a 16 de Junho próximo a nação moçambicana vai ‘curvar-se’ perante os Mártires de Mueda, por ocasião do Quinquagésimo aniversario do massacre que ocorreu naquele ponto do Norte do país e que tinha em vista, segundo o Presidente, “apagar a chama da liberdade e independência que ardia dentro de cada moçambicano”.
Guebuza falava esta semana no distrito de Nangade, província de Cabo Delgado, Norte de Moçambique, no lançamento da Chama da Unidade que durante 70 dias vai percorrer todo o país, até terminar na capital moçambicana, Maputo, a 25 de Junho próximo, dia em que se celebra o 35º aniversario da independência nacional. De acordo com Guebuza, Mueda marcou, de forma inequívoca, o despertar da consciência de que só unidos é que se acabaria com a dominação estrangeira.
O Presidente recordou que parte dos massacrados tentaram levar representantes do colonialismo português a mesa de negociações para se discutir a independência nacional. Porém, segundo explicou Guebuza, os colonos não só negaram este direito inalienável como também prenderam e massacraram moçambicanos. “Os nossos compatriotas Kibiriti Diwane, Faustino Vanomba, Modesta Neva, entre outros, tentaram levar os portugueses a mesa das negociações para a Independência nacional.
Porém, estes não só negaram-nos esse nosso direito inalienável como também prenderam os nossos irmãos e cometeram o massacre de Mueda”, sublinhou o estadista moçambicano. Guebuza vincou que este massacre revelou que as janelas do diálogo para a solução do problema colonial em Moçambique estavam todas fechadas. “ Só nos restava uma única alternativa: lutar, incluindo de armas em punho, para a nossa libertação”, frisou Guebuza. Mais adiante, Guebuza disse que nestas comemorações “devemos todos continuar a pugnar pela cultura de paz, reforço da auto-estima, unidade nacional, patriotismo, aprofundamento da democracia multipartidária, e pela consolidação do estado de direito”.
Segundo o Presidente, estas são condições fundamentais para que continuemos a registar sucessos na implementação da agenda nacional de luta contra a pobreza. A 16 de Junho de 1960, cerca de seiscentos moçambicanos foram massacrados no planalto de Mueda. Um monumento em memória das vítimas foi erguido na sede do distrito de Mueda, hoje transformada numa vila municipal.