A Bolsa de Nova York recuperou-se esta quinta-feira, fechando em alta depois de superar os temores sobre a Grécia, sustentada principalmente pelos bons resultados dos varejistas. O Dow Jones ganhou 0,27% e o Nasdaq, 0,23%.
Segundo dados definitivos de fechamento, o Dow Jones Industrial Avarage subiu 29,55 pontos, para 10.927,07, e o Nasdaq, composto principalmente por empresas do setor de tecnologia, ganhou 5,65 pontos, a 2.436,81. O índice ampliado Standard & Poor’s 500 avançou 0,34% (3,99 pontos), para 1.186,44 unidades. “Antes da abertura do mercado, havia um clima negativo por conta da Grécia”, afirmou o analista Craig Peckham, da Jefferies.
Os persistentes temores em relação à situação orçamentária do país europeu afastaram os operadores dos investimentos de maior risco, entre eles, as ações. O mercado obrigatório grego continua extremamente tenso, e a Bolsa caiu mais de 3% em Atenas. Contudo, à medida que o dia avançava, os investidores focavam cada vez mais nos dados sobre os fundamentos da economia americana que nos problemas da dívida (soberana) na Europa, explicou Craig Peckham.
O mercado superou as realizações de lucro que tinham imperado com o impulso ocorrido no pregão passado, afirmou por sua vez Peter Cardillo, da Avalon Partners. A surpreendente alta do volume de solicitações de seguro-desemprego foi a desculpa para vender ações no início do pregão, segundo o analista. Contra todas as expectativas, segundo dados publicados nesta quinta-feira, os novos pedidos de seguro-desemprego aumentaram na semana passada, interrompendo uma série de duas quedas consecutivas.
O Departamento do Trabalho americano informou, no entanto, que vários fatores – entre eles, o feriado de Páscoa – complicam a avaliação dos fatores sazonais. Por outro lado, os dados mensais das vendas das redes varejistas, melhores que o esperado em março, renovaram o otimismo dos investidores, demonstrando uma retomada do consumo no país.
O mercado obrigatório teve queda. O rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos subiu para 3,896%, contra 3,863% na noite de quarta-feira, enquanto os títulos de 30 anos ficaram em 4,761%, contra 4,744%. O rendimento das obrigações evolui no sentido oposto a seus preços.