O grupo sul-africano de extrema-direita Movimento de Resistência Afrikaner afirmou este domingo que a morte de seu líder, Eugene Terre’Blanche, será vingada, mas pediu calma a seus membros e que evitem uma reação imediata.
“Ao contrário do que desejam os membros, pedimos que permaneçam calmos no momento”, afirmou à AFP o secretário-geral do Movimento de Resistência Afrikaner, André Visagie, que anunciou uma reunião do grupo em 1º de maio para determinar um plano. “Decidiremos as ações para vingar a morte de Terre’Blanche. Vamos agir, e nossas ações específicas serão decididas na conferência de 1º de maio”, completou.
O líder de extrema-direita sul-africano Eugene Terre’Blanche, de 69 anos, foi assassinado no sábado em um ato aparentemente sem motivações políticas. “Ele foi encontrado morto em sua cama, com ferimentos no rosto e na cabeça”, afirmou o porta-voz da polícia, Adele Myburgh.
Ao que parece, a morte não tem relação com questões políticas e teria sido motivada por uma discussão com dois funcionários por salários que não foram pagos após trabalhos realizados em sua fazenda. Os dois empregados, de 15 e 21 anos de idade, foram presos e indiciados, segundo o porta-voz.
Durante mais de 20 anos, Terre’Blanche encarnou a oposição branca à abolição do regime racista sul-africano e a luta pela supremacia dos afrikaners, descendentes dos primeiros colonos europeus.