Simão Gumbo Pedro, 40 anos de idade, professor primário na Cidade da Beira, encontra se detido na capital provincial de Sofala por ter burlado Alberto Gunda Mutoveje, 35 anos de idade, também docente desta feita do ensino secundário nesta mesma cidade.
De acordo com o porta-voz do Comando Provincial da PRM em Sofála, Mateus Mazive, Simão Gumbo Pedro por meio de burla apoderou-se de 5.375 meticais do professor Alberto Gunda Mutoveje, alegando que iria arranjar uma vaga para o ingresso do seu sobrinho no Instituto de Formação de Professores em Inhamizua, arredores da Cidade da Beira. Depois de receber o valor o cidadão burlador ora a contas com a Policia nunca mais cumpriu a promessa, com o agravante de também nunca mais ter devolvido o dinheiro visto ter fracassada a sua promessa.
Foi daí que o professor Alberto Gunda Mutoveje decidiu apresentar queixa junto as autoridades policiais com vista a recuperar o seu dinheiro. Esta representa mais uma prova evidente de negócio de vagas nos estabelecimentos de ensino público, envolvendo os próprios professores. O pior nesse caso e que ate a própria vitima também e professor, o que significa que tinha a consciência plena de que apesar de o negócio ser ilícita, os mesmos continuam a promover.
Refira-se, entretanto, que entende-se por professor aquele que professa publicamente as verdades. Nos últimos tempos na Cidade da Beira tem ocorrido muitos casos de burlas, facto que demonstra que a rede dos burladores está a multiplicar-se dia-após-dia. Só neste mês de Março a Policia reportou quatro casos de burla, incluindo o presente que envolve professores. Na globalidade os quatro casos de burla que ocorreram este mês renderam aos seus promotores cerca de cinquenta mil meticais.
O primeiro caso reportado pela Polícia este mês ocorreu no bairro de Vila-Massane, onde o burlador fez se passar por agente da PRM para burlar um cidadão, alegando que iria recuperar a sua carta de condução que havia sido apreendida pela Polícia de Transito. Neste esquema sujo, o burlador conseguiu apoderar-se de dois mil meticais. Um outro caso apresentado pela Polícia ocorreu no bairro das Palmeiras, onde um cidadão por meio de um maço de papel que por cima continha uma nota de mil meticais conseguiu comprar dois telefones modernos que custaram vinte mil meticais. O vendedor foi descobrir mais tarde que afinal aquele maço apenas continha uma nota sendo que o resto era papel. O criminoso foi capturado e detido.
Existem outros casos de burla os quais apesar de não terem sido denunciados à Polícia, vão ocorrendo a luz do dia na Cidade da Beira. Recentemente, no Bairro da Ponta-Gêa, um grupo de burladores enganou uma cidadã comerciante vinte mil meticais, em troca de garrafas quebradas de refrigerantes da marca Sprite no lugar de pedras preciosas. O outro caso de burla através de cheque ocorreu na zona da Manga, onde um senhor decidiu trocar um cheque falso com um comerciante no valor de 10 mil meticais.
O burlador havia consumido cerveja no bar da vítima, tendo apresentado um cheque alegadamente para pagar a sua conta. Foi fácil enganar uma vez que apresentava nome de um dos amigos do comerciante.