O governo moçambicano está a envidar esforços no sentido de inverter a actual situação de carência de água no país, numa acção que envolve alguns parceiros de coperação. Dados compilados e divulgados por ocasião do Dia Mundial de Água, assinalado esta Segunda-feira, referem que apenas 11.9 milhões de pessoas de um universo de cerca de 20 milhões de habitantes de todo o país tem acesso à água limpa, sendo 8.9 milhões nas zonas ruais e 3.2 milhões nas zonas urbanas.
Isto significa que cerca de 10 milhões de pessoas enfrentam sérios problemas para obter àgua potável para o seu consumo. Retivamente à Nampula, uma das províncias mais populosas do país, somente cerca de um milhão e oitocentos e setenta mil pessoas consomem água potável, das quais 497 mil nas zonas urbanas.
Segundo Bento Mualoja, director provincial das Obras Públicas e Habitação, a escassez está associada à má qualidade de água captada em determinadas fontes que apresenta várias impurezas, sobretudo salinidade e ferro. O facto constitui uma das maiores preocupações do sector que está a levar a cabo projectos de recuperação das fontes avariadas, além da construção de outras, na perspectiva de elevar a rede de abastecimento daquele produto vital.
O governo reconhece que grande parte da poulaçao ainda não tem água limpa em casa e recorre ao consumo da água dos rios, das lagoas e de outras fontes tradicionais que, em muitos casos, constituem focos de diarreias. Observou Bento Muajola.
Entretanto, aquele dirigente revelou que, no âmbito Plano Económico e Social (PES/2010), serão construídas 325 novas fontes de água e 8.000 latrinas melhoradas ao nivel da província de Nampula. O distrito de Ribáuè, que acolheu as cerimónias alusivas ao Dia Mundial de Água, será contemplado com 30 furos mecânicos novos, 800 latrinas, para além da conclusão de 25 bombas manuais construídas em 2009, no quadro do Projecto ASNANI.
À semelhança de alguns distritos, Ribáuè conta com uma população maioritariamente carente de água potável, mas as autoridades locais garantem que o cenário vai mudar nos próximos anos em consequência dos projectos que estão a ser desenvolvidos pelo governo e alguns parceiros. Segundo David Joel, os Postos Admninistrativos de Iapala, Cunle, incluindo a sede do dsitrito, terão novas fontes de abastecimento de água e três pequenos sistemas que serão recuperados em breve.
Aliás, parte dos cerca de 500 moradores do bairro municipal de Muhiliale já bebe água potável na sequência da recente recuperação da única fontanária pública que funciona na sede do distrito, cuja reinaguração coincidiu com a celebração da efeméride.
Actividades culturais, demontrações sobre as boas e as más práticas de conservação e tratamento de água, apresentação de informes à volta da actual situação de água ao nivel do distrito de Ribáuè e na província de Nampula, em geral, assinalaram as celebrações.