Um novo projecto urbanístico com um investimento estimado em cerca de USD1,2 bilião, a desenvolver em cinco fases durante um período de 10 anos, vai ser erguido no antigo recinto da FACIM, em Maputo, já a partir dos finais do corrente ano.
Constituído por dois hotéis de cinco e de três estrelas, escritórios, residências, galerias comerciais e parque de estacionamento, enquadrados por um pulmão verde formado por diferentes espaços de jardim, a construção deste empreendimento irá mudar a face da baixa da cidade de Maputo, segundo assegura a empresa proprietária, a SOGEX, a antiga gestora das feiras da FACIM. O projecto foi anunciado semana finda em Maputo, no decorrer de um encontro com a Imprensa, com a participação de Américo Magaia, antigo accionista da SOGEX, Kekobad Patel, novo PCA, Rogério Manuel e José Carvalho, administradores da empresa.
De acordo com estes intervenientes, o processo que rodeou a aquisição do espaço foi muito célere, pois o Governo havia concedido um prazo de apenas uma semana para se efectuar o pagamento de 11 milhões de dólares norteamericanos, sob o risco de se lançar um concurso público para a privatização da FACIM:
“O processo teve várias fases, desde a procura e identificação de um investidor (a empresa Constellation), até à fase de conseguirmos o valor para o pagamento das instalações da FACIM”, explica Américo Magaia.
“Com a decisão de venda da propriedade pelo Estado e com a passagem da exploração das feiras e exposições para o IPEX, a SOGEX ficava esvaziada de actividade e, caso não tivesse conseguido adquirir a propriedade, a empresa entraria numa situação económica muito difícil, que terminaria, muito provavelmente, com a extinção da mesma e com o despedimento colectivo de todos os trabalhadores, sem que tivesse sequer os recursos financeiros para pagar as respectivas indemnizações”, segundo foi explicado.