Os preços do petróleo aumentaram esta quarta-feira em Nova York, com o barril se aproximando dos 83 dólares, e em Londres, que chegou a quase 82 dólares, após os países da Opep decidirem manter suas cotas de produção, apesar da recente alta de preços.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do West Texas Intermediate (designação do “light sweet crude” negociado nos EUA) para entrega em abril terminou a 82,93 dólares, em alta de 1,23 dólar em relação à terça-feira. No InterContinentalExchange de Londres, o barril do Brent do Mar do Norte com igual vencimento ganhou 1,43 dólar, fechando a 81,96 dólares.
Sem surpresas, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que produz 40% do petróleo mundial, decidiu manter sua produção em 24,84 milhões de barris diários, considerando que a recuperação econômica é frágil e incerta. A próxima reunião do grupo deve ser realizada no dia 14 de outubro em Viena. Segundo John Kilduff, da Round Earth Capital, a atitude da Opep “sustenta os preços”. “Com um barril acima dos 80 dólares, a Opep deveria falar em aumento da produção.
Ao evitar fazê-lo, incentiva o mercado à alta”, explicou. “A percepção do mercado deve ser que esta reunião acendeu uma nova luz verde no caminho, até chegar a uma margem de preços entre 80 e 90 dólares o barril”, afirmaram analistas da Barclays Capital. Para Ellis Eckland, analista independente, os preços “foram impulsionados também pela alta da bolsa”.
As pessoas começam a confiar mais na recuperação econômica mundial e acreditam no Federal Reserve (Fed, banco central americano), que não vai elevar suas taxas de juros, tornando-se um elemento de alta para as matérias-primas”, acrescentou. O Fed reiterou na terça-feira que planeja manter sua taxa de juros próxima de zero por um longo período, o que facilita o fluxo de capitais para as ações e matérias-primas, entre elas o petróleo e os grãos.