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Canal de Moçambique livre da pirataria

O Comandante Superior das Forças Armadas Francesas para a Zona Sul do Oceano Índico (FAZSOI), Jean-Marc Nebout, disse hoje, em Maputo, que Moçambique ainda está livre das acções de pirataria, que abalam com muita intensidade o norte do Oceano Índico.

Falando em conferência de imprensa, Jean-Marc Nebout acautelou a importância da patrulha marítima em Moçambique, apesar de estar livre da pirataria, pois, segundo ele, o país é rico em recursos marinhos e biológicos ao longo da costa. “Apesar da liberdade da costa moçambicana das acções de pirataria, o Canal de Moçambique é rico em recursos marítimos e biológicos, portanto a patrulha marítima figura-se de extrema importância na medida em que pode evitar a pilhagem destas riquezas”, disse Nebout, avançando ainda algumas possibilidades destas acções atingirem o país.

“Moçambique ainda não se mostra vulnerável às acções de pirataria, mas estas actividades tendem a se alastrar para o sul do Oceano Índico. Nós tivemos um caso constatado de pirataria há cerca de 150 milhas norte, ao lado das Ilhas Comores, portanto, como podem constatar essas actividades tendem a se aproximar à entrada do Canal de Moçambique”, afirmou Nebout.

Questionado pela AIM sobre os benefícios que Moçambique poderá ter desta cooperação, Nebout disse:”no âmbito da operação “Atalanta”, no qual fazem parte vários estados, a França tem um papel preponderante e essa operação consiste em levar a cabo acções de combate à pirataria no norte do Oceano Indico e também controlar todo o tipo de tráfego que passa por esta zona. E 40 por cento do tráfego petrolífero mundial passa por este canal, portanto podem daí compreender a posição preponderante de Moçambique nesta zona. Portanto, com a cooperação vamos trabalhar juntos na fiscalização do Canal de Moçambique, oferecendo todo o apoio possível”.

Nebout, que se encontra em Moçambique desde o último Domingo, em uma visita de trabalho com duração de quatro dias, manteve encontros com os Ministros de Defesa Nacional, Pescas e o na Presidência para os Assuntos Civis, tendo abordado, para além da fiscalização Marítima, questões relacionadas com a cooperação militar com as Forças Armadas de Moçambique (FADM) e as operações de manutenção da Paz.

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