A Ministra do Ambiente, Alcinda Abreu, afirmou, na quarta-feira, na Beira que o Governo Moçambicano não está alheio aos problemas ambientais, sobretudo de errosão costeira que afectam a capital provincial de Sofala.
A Ministra reafirmou o empenho do Governo para com os problemas ambientais da urbe, reconhecendo a situação da erosão costeira é de facto critica, principalmente por a urbe se encontrar abaixo do nível normal do mar. A erosão costeira ameaça fazer desaparecer a Cidade da Beira, caso medidas específicas não sejam tomadas com seriedade.
Na última década a erosão já fez desaparecer do mapa da Cidade da Beira vários edifícios, principalmente na zona da Ponta-Gêa e Macúti, incluindo uma estância de lazer o seu nome Veleiros era muito conhecido. A Cidade da Beira é a segunda maior e mais importante do País. A sua gestão é a única do universo das 43 autarquias instituídas no País que se apresenta fora do controlo do Partido Frelimo que detém o poder governativo em Moçambique desde 1975.
O Município da Beira, cujo Edil Daviz Mbepo Simango é também o líder do MDM, na actualidade considerada terceira maior força politica moçambicana, apresentou recentemente um plano para combater a erosão costeira na urbe, orçado em cerca de sessenta milhões de dólares.
Esse valor foi apresentado numa conferência de doadores e investidores nacionais e estrangeiros, que serviu igualmente para lançar o plano estratégico de desenvolvimento exemplificou o envolvimento do Governo em algumas acções que estão sendo implementada na Beira para mitigar os efeitos do fenómeno erosão, nomeadamente a recuperação do mangal na zona de Nhangau, replantio de casuarinas nas dunas ao longo da Praia do Estoril até Regulo Luís, bem como a reconstrução de alguns esporões.
De referir as obras de reconstrução de esporões que visam travar o avanço das águas do Mar para o continente, iniciaram em 2005 e as mesmas contam com o financiamento do Banco Mundial. Desde o início do projecto já foram reconstruídos oito esporões de um total de sessenta previstos. A reconstrução de um esporão esta orçada em cerca de um milhão de dólares norte américanos, apenas para se ter uma ideia concreta em relação a envergadura do investimento.
Neste momento, o Governo tem garantidos 15 milhões de dólares americanos só para atender a reconstrução de esporões em todas zonas do País onde esse trabalho é necessário.
Erosão costeira afecta também outras regiões de Sofala
Por outro lado, a Ministra Moçambicana do Ambiente referiu que o problema de erosão costeira não pode ser visto de forma unilateral, porquanto em Sofala o mesmo não afecta somente a Cidade da Beira, mas existem outras regiões nas mesmas situações. Alcinda Abreu mencionou os casos de Búzi, Nova Sofala, Machanga e Ilha de Chiloane, cujas vilas também correm o risco de desaparecerem devido o problema de erosão costeira.
A Ministra lembrou que em todas essas regiões espera- se o envolvimento do Governo para travar a situação, e neste momento em todas áreas afectadas decorrem sob a égide do executivo acções com vista a minorar o seu impacto.