Moçambique está a importar semente de tabaco híbrido produzida no Malawi, segundo reporta a imprensa daquele país citando fontes dos serviços de investigação agrária.
O Malawi está igualmente a exportar a mesma semente para a Zâmbia, Tanzânia e Quénia. O director dos serviços de investigação agrária, Ibraim Phiri, não indicou as quantidades que o Malawi está a exportar para o país e para os outros, nem mesmo as receitas arrecadadas. Ibraim Phiri considera ser boa a iniciativa tendo em conta que a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) como um bloco vai puder oferecer tabaco de qualidade ao mercado internacional.
O Malawi tem vindo a introduzir novas variedades de tabaco num esforço visando reforçar a produção daquela cultura de rendimento. Cerca de setenta por cento das receitas malawianas em divisas dependem das exportações do tabaco. Fontes citadas pela Rádio Moçambique, a emissora pública nacional, indicam que o intercâmbio de sementes Moçambique/ Malawi tem vindo a desenvolver-se a longa data. Por exemplo, a semente de milho conhecida por “Sussuma”, produzida em Moçambique, esta a ter um grande êxito no Malawi e é “bastante” apreciada pelos produtores daquele país vizinho.
A “Sussuma”, uma das variedades de semente de milho produzida pelo Instituto de Investigação Agrária de Moçambique, foi introduzida no Malawi entre 2003 e 2004 e está a surtir excelentes resultados naquele que é um dos maiores produtores daquele cereal na região. Tal como o Malawi, Moçambique tem vindo nos últimos anos a investir na extensão e investigação agrária de modo a providenciar melhores sementes aos produtores.